Reforma do Imposto de Renda pode elevar consumo em R$ 10 bilhões

Proposta do governo federal busca isentar rendas até R$ 5 mil e impactar 40 milhões

Por Dominic Ferreira,

Técnicos da Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira (Conof), do Congresso Nacional, divulgaram nesta quarta-feira (02) que a proposta de reforma do Imposto de Renda (IR) apresentada pelo governo federal pode gerar um impacto positivo de R$ 10,3 bilhões no consumo e reduzir a desigualdade de renda em 1,1% no Brasil.

Foto: Brenno Carvalho/Agência O Globo/12-05-2023Fachada do Congresso Nacional, em Brasília
Fachada do Congresso Nacional, em Brasília

As novas diretrizes da reforma visam isentar do pagamento de IR aqueles que recebem até R$ 5 mil mensais, enquanto aqueles com rendas entre R$ 5 mil e R$ 7 mil teriam uma redução no imposto, além de estabelecer um “imposto mínimo efetivo” para rendimentos superiores a R$ 50 mil.

De acordo com a avaliação da Conof, a principal consequência macroeconômica da reforma será o aumento do consumo agregado. Os dados indicam que contribuintes de baixa renda tendem a consumir mais do que aqueles de alta renda, o que deve impulsionar a demanda e, por consequência, a atividade econômica, principalmente nos setores varejista e de serviços.

O impacto esperado é considerável, refletindo um choque de R$ 10,3 bilhões em consumo agregado devido ao novo desenho da tributação da renda. Além do aumento do consumo, a reforma busca atender ao objetivo de gerar justiça social. Os técnicos estimam que a proposta redistribuirá um valor equivalente a 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, retirando esse montante das classes mais altas e direcionando-o para as mais baixas. Essa mudança aumentaria a progressividade da tabela do IR em quase 30%, demonstrando uma tentativa de tornar o sistema tributário mais justo e equilibrado.

Com a expectativa de um impacto distributivo positivo, a reforma  busca aliviar a carga tributária sobre as classes de menor renda e estimular o crescimento econômico, promovendo um cenário mais favorável para o consumo e a justiça social. 

Fonte: CNN Money

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