Trump recua de tarifaço global, mas mantém pressão contra a China
Presidente adia impostos para diversos países e eleva taxação para chineses em 125%
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, surpreendeu os mercados globais ao recuar da imposição de tarifas para diversos países, adiando a medida por 90 dias. A única exceção foi a China, para qual manteve uma tarifa de importação de 125%. A decisão veio após intensa pressão do mercado financeiro internacional, que reagiu negativamente às ameaças iniciais de sobretaxação de produtos estrangeiros, provocando quedas significativas nas bolsas de valores mundiais.
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Especialistas em investimentos, como Bruno Shahini da Nomad, avaliaram que a pressão do mercado desempenhou papel crucial na decisão de Trump. O chamado "Trump put" - termo que se refere à expectativa dos investidores de intervenção presidencial para apoiar os mercados em quedas acentuadas - mostrou-se novamente relevante. O recuo permitiu uma melhora significativa no humor dos mercados globais, com o real brasileiro devolvendo perdas recentes e impulsionando ativos financeiros.
O ex-embaixador Rubens Barbosa destacou que o recuo ocorreu principalmente por pressão do mercado financeiro, demonstrando um enfraquecimento político de Trump. Economistas como Sergio Vale da MB Associados criticaram as escolhas econômicas do presidente, argumentando que ele "está pagando o preço pelos erros que está fazendo". A decisão impactou significativamente os mercados, com as bolsas de Nova York registrando altas históricas: o Dow Jones subiu 7,87%, o S&P 500 valorizou 9,52% e a Nasdaq teve impressionante alta de 12,16%.
No mercado brasileiro, a B3 (Bolsa de Valores de São Paulo) aproveitou o movimento externo e fechou em alta de 3,12%, alcançando 127.795 pontos. O analista Gerson Brilhante da Levante Inside Corp ressaltou que, embora o momento favoreça o real, a volatilidade deve persistir enquanto o mundo observa os desdobramentos dessa disputa comercial.
Fonte: Correio Braziliense