Exportações do Brasil para os EUA crescem 20%, apesar de tarifas de Trump
Brasil vendeu US$ 3,5 bilhões em produtos aos EUA no primeiro mês com tarifas aplicadas
As exportações do Brasil para os Estados Unidos registraram um crescimento significativo em abril deste ano, no primeiro mês em que os produtos brasileiros estiveram sujeitos às tarifas de 10% estabelecidas pelo presidente Donald Trump. De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), o Brasil vendeu o equivalente a US$ 3,5 bilhões em mercadorias aos EUA, uma alta de 20% em relação aos US$ 2,9 bilhões do mesmo mês em 2024.
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A participação das exportações brasileiras destinadas aos EUA aumentou de 9,6% para 11,7% na pauta de exportações do país. Comparando com março de 2025, onde foram exportados US$ 3,1 bilhões, abril apresentou um crescimento contínuo nas vendas, demonstrando uma recuperação no comércio exterior brasileiro. Os dados indicam que as tarifas impostas não inibiram a demanda por produtos brasileiros, ao contrário, parece ter impulsionado as exportações.
Nos primeiros quatro meses de 2025, as exportações brasileiras para os EUA somaram cerca de US$ 13,1 bilhões, superando os US$ 12,6 bilhões do mesmo período do ano anterior. Antes de abril, as vendas haviam apresentado uma queda na comparação anual, mas os dados de abril “viraram o jogo”, sugerindo uma recuperação robusta nas relações comerciais entre os dois países.
Entre os produtos que se destacaram nas exportações em abril, a carne bovina fresca, refrigerada ou congelada teve um aumento impressionante de 208%, resultando em US$ 402 milhões a mais nas vendas. Outros produtos que apresentaram crescimento significativo foram o suco de frutas ou vegetais (87% e US$ 265 milhões) e aeronaves e equipamentos (42% e US$ 185 milhões). No entanto, alguns produtos da indústria de transformação e celulose enfrentaram queda nas exportações, com recuos de 13% e 8%, respectivamente, demonstrando que nem todos os setores se beneficiaram igualmente das condições do mercado.
Fonte: CNN Brasil