Com foco no agronegócio, Piauí pode liderar crescimento econômico do Nordeste

Em 2025, expectativa de 3,7% no PIB piauiense é impulsionada por safra recorde de soja

Por Dominic Ferreira, 23/05/2025 10:29

De acordo com uma análise do Banco do Brasil, o Piauí deve se destacar em 2025 como o estado com o maior crescimento econômico do Nordeste, com uma previsão de alta de 3,7% no Produto Interno Bruto (PIB). O motor desse crescimento será o agronegócio, que deve registrar uma expansão estimada em 10,5%, impulsionada por uma safra recorde de soja. Este desempenho coloca o estado em uma posição de destaque em um cenário regional onde a média de crescimento do Nordeste é de apenas 2,2%.

Foto: Reprodução/aleksandarlittlewolf/Freepik/Imagem Ilustrativa Clima adverso afeta produção, com milho sendo o mais impactado; soja se destaca com alta.

Apesar da expectativa de crescimento no Piauí, o cenário nacional apresenta desafios, com a projeção de desaceleração do PIB em relação a 2024, que foi de 3,4%. Essa desaceleração é atribuída a fatores como juros altos, com a Selic estimada em 15,25%, inflação pressionada a 5,4% e uma redução nos estímulos fiscais. No entanto, o setor agropecuário do país deve crescer 6,0%, revertendo a queda de 3,2% observada no ano anterior, o que também beneficia a economia do Nordeste.

No contexto nordestino, o crescimento econômico varia entre os estados. Após o Piauí, a Paraíba deve registrar um crescimento de 3,0%, seguida pela Bahia com 2,7% e Alagoas com 2,5%, este último se destacando pela safra de milho, que deve crescer 67%. Em contrapartida, estados com um perfil industrial mais forte, como Pernambuco (1,4%) e Rio Grande do Norte (1,8%), enfrentam dificuldades, especialmente devido à retração na indústria local.

A análise ressalta que, embora o agronegócio seja o principal motor da economia nordestina em 2025, é necessária uma diversificação produtiva para garantir a sustentabilidade do crescimento. A gestão estadual desempenha um papel crucial nesse desempenho. O governo do Piauí tem implementado incentivos ao produtor rural, investido em infraestrutura e atraído novas empresas, o que tem contribuído para a manutenção da economia ativa em um ambiente nacional mais restritivo. O secretário de Planejamento, Washington Bonfim, destacou a importância do trabalho integrado das secretarias para o sucesso nas áreas de produção agrícola e desenvolvimento econômico.

Fonte: Com informações Banco do Brasil