Taxa de desemprego permanece estável em 6,6% e carteira assinada atinge recorde
IBGE revela queda na informalidade e crescimento na massa salarial dos trabalhadores
A taxa de desemprego no Brasil ficou estável em 6,6% para o trimestre de fevereiro a abril de 2025, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (29). Essa taxa representa uma leve estabilidade em relação ao trimestre anterior, que registrou 6,5%, e uma significativa queda de 1,0 ponto percentual em comparação ao mesmo período do ano passado. Os dados foram extraídos da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).
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Segundo a pesquisa, aproximadamente 7,3 milhões de pessoas estavam desocupadas no Brasil durante o período analisado, um número que se manteve estável em relação aos 7,2 milhões do trimestre anterior. A taxa de subutilização da força de trabalho, que inclui pessoas desocupadas e subocupadas, ficou em 15,4%, também estável em comparação ao trimestre anterior e com uma queda de 2,0 p.p. em relação ao ano passado. William Kratochwill, analista da pesquisa, destacou que a estabilidade nas taxas de desocupação e subutilização reflete uma boa capacidade de absorção dos empregos temporários gerados no final de 2024.
Outro dado positivo divulgado foi o recorde no número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado, que alcançou 39,6 milhões, representando um crescimento de 0,8% em relação ao trimestre anterior e 3,8% em comparação ao mesmo trimestre do ano passado. A massa salarial real dos trabalhadores também atingiu um recorde de R$ 3.426, com um crescimento de 3,2%. A soma das remunerações de todos os trabalhadores totalizou R$ 349,4 bilhões, mostrando tanto estabilidade no trimestre quanto uma alta de 5,9% em relação ao ano anterior.
A informalidade no mercado de trabalho também apresentou uma queda, reduzindo para 37,9%, o que equivale a 39,2 milhões de trabalhadores. Esse índice é inferior ao 38,3% do trimestre anterior e ao 38,7% do mesmo período do ano passado. A redução da informalidade é um reflexo do aumento no número de trabalhadores com carteira assinada. Kratochwill enfatizou que a diminuição na subutilização da força de trabalho contribui para a formalização das contratações, uma vez que a mão de obra mais qualificada demanda melhores condições de trabalho.
Fonte: CNN Brasil