Governo do Piauí descarta novos cortes salariais para comissionados em 2025
Após economia de R$ 117 milhões com redução temporária, gestão aposta em equilíbrio fiscal sem afetar vencimentos
O Governo do Piauí não pretende repetir, em 2025, a medida de redução salarial aplicada aos cargos comissionados no início deste ano. A informação foi confirmada pelo secretário estadual da Fazenda, Emílio Júnior, nesta quinta-feira (5), durante entrevista sobre as projeções fiscais do estado para o próximo exercício. A administração estadual conta atualmente com 125.788 servidores ativos e inativos.

Entre janeiro e março de 2025, o Executivo estadual aplicou um corte de 15% nos salários comissionados superiores a R$ 4 mil, medida emergencial voltada à contenção de despesas públicas. A ação resultou em uma economia de R$ 117 milhões, de acordo com a Secretaria da Fazenda (Sefaz). No entanto, para o restante do ano e o exercício de 2026, a estratégia será outra.
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“Em relação aos salários comissionados, não tem nenhum trabalho em cima disso [nova redução ou corte]. O que nós temos é aquela questão que a área da gestão fiscal equilibrada é uma coisa que nós não podemos tirar os olhos”, declarou o secretário.
Prioridade será manter equilíbrio e focar em áreas essenciais
O gestor destacou que a pressão por melhorias em serviços públicos e o cenário macroeconômico — especialmente com a manutenção da taxa Selic em patamares elevados — exigem cautela por parte do governo. Segundo Emílio Júnior, os esforços da equipe econômica serão direcionados para a priorização de investimentos essenciais, com gestão responsável da arrecadação.
“Como a gente está vendo um aumento de juros da Selic e uma pressão maior por melhoria do serviço público, isso impõe mais gastos. E, para gastar mais, a gente tem que ter o olhar atento para a receita”, explicou.
O secretário ressaltou ainda que, para além de cortes, o Estado busca alternativas de otimização de recursos e reorganização administrativa, evitando medidas que impactem diretamente a remuneração dos servidores.
Reorganização administrativa com foco em eficiência
Durante a entrevista, Emílio Júnior também comentou sobre a criação de novas secretarias, medida que, segundo ele, não representa necessariamente um aumento de gastos. Em muitos casos, afirmou o secretário, a reestruturação visa concentrar competências que estavam dispersas, melhorando a eficiência e a entrega de políticas públicas.
A expectativa da equipe econômica é que o equilíbrio fiscal seja mantido sem comprometer salários, enquanto o governo busca ampliar investimentos em áreas estratégicas para a população.
Fonte: Alepi