Brasil inicia reabertura de mercados para exportação de frango
África do Sul flexibiliza restrições, mas outros países ainda mantêm barreiras
Após declarar-se livre da gripe aviária, o Brasil enfrenta o desafio de reverter as restrições impostas pelos seus principais mercados de carne de frango. A África do Sul foi um dos primeiros países a flexibilizar essas restrições, permitindo a importação de frango brasileiro, exceto do Rio Grande do Sul, onde foi identificado o único caso da doença em uma granja comercial. Essa mudança é significativa, visto que a África do Sul representa um dos principais destinos do frango brasileiro, tendo importado 325 mil toneladas em 2024.
- Participe do nosso grupo de WhatsApp
- Participe do nosso grupo de Telegram
- Confira os jogos e classificação dos principais campeonatos

O Rio Grande do Sul, por sua vez, é um importante polo de produção de frango, respondendo por 11,52% dos abates nacionais. A interrupção das exportações causou prejuízos superiores a US$ 47,8 milhões para os produtores do estado. Embora a reabertura da África do Sul seja um passo positivo, outros países ainda não reabriram suas fronteiras para as aves brasileiras, mesmo com a notificação do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) sobre a situação sanitária do Brasil.
Em 2022, o Brasil produziu 14,9 milhões de toneladas de frango, com 35,4% desse total destinado ao mercado externo, consolidando o país como o maior exportador de frango do mundo. Os principais compradores incluem a China, os Emirados Árabes Unidos, o Japão, a Arábia Saudita e a própria África do Sul. O MAPA assegura que todas as ações sanitárias exigidas foram cumpridas, permitindo que o Brasil recuperasse seu status de país livre da gripe aviária.
Entretanto, a presença do vírus entre aves silvestres continua a ser uma preocupação, com registros de 168 casos confirmados desde 2023. O zoológico de Brasília, por exemplo, está fechado devido a casos em aves, e o ministério já realizou mais de 4.200 investigações. Embora a orientação para o consumo de carnes e ovos continue a ser segura, é essencial que o Brasil mantenha vigilância constante e siga os protocolos necessários para garantir a saúde pública e a confiança nos produtos avícolas.
Fonte: Correio Braziliense