Banco do Brasil assina acordo de US$ 700 milhões para impulsionar energia limpa

Recursos beneficiarão MPMEs com projetos sustentáveis e acesso ao mercado internacional

Por Dominic Ferreira, 24/06/2025 11:05

O Banco do Brasil (BB) assinou recentemente, em Londres, um acordo com a Agência de Garantia de Investimentos Multilaterais (MIGA), uma agência do Banco Mundial, que disponibilizará até US$ 700 milhões nos próximos três anos para micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) no Brasil. O objetivo é apoiar a implementação de projetos de energia limpa e facilitar o acesso dessas empresas ao mercado internacional.

Foto: Ari Versiani/PAC Capa

Os recursos permitirão que as MPMEs financiem operações de comércio exterior, produção sustentável e projetos de energia renovável. Na área de energia, as empresas poderão obter crédito para a compra de equipamentos e insumos, como biocombustíveis, sistemas de energia solar, eólica e de biomassa.

A iniciativa faz parte do programa Garantia de Finanças Comerciais (TFG) da MIGA, que oferece garantias contra o risco de inadimplência. Isso possibilita que instituições financeiras globais concedam crédito ao Banco do Brasil com menor risco e, consequentemente, juros mais baixos.

A MIGA oferecerá até US$ 700 milhões ao longo de três anos, com prazos de até um ano para cada desembolso. O primeiro desembolso do programa será imediato, no valor de US$ 350 milhões, e contará com a participação de instituições renomadas, como o Banco Bilbao Vizcaya Argentaria (BBVA) e HSBC Bank.

Com uma garantia de até 95% fornecida pela MIGA, a operação recebe uma classificação de risco extremamente baixa (AAA). Essa cobertura significa que a MIGA cobrirá até 95% de eventuais inadimplências, permitindo ao Banco do Brasil ampliar a oferta de linhas de crédito em moeda estrangeira e diversificar suas fontes de captação de recursos no mercado.

De acordo com o Banco do Brasil, as novas linhas de crédito fazem parte do Plano de Transformação Ecológica, que busca promover investimentos em energias limpas e reduzir o impacto ambiental da produção. Além disso, essa iniciativa melhora a competitividade das MPMEs brasileiras no exterior, um segmento que representa 99% dos empreendimentos no país.

Fonte: Agência Brasil