Mercado reduz previsão de inflação para 2025, mas juros devem seguir altos
Boletim Focus prevê IPCA de 5,20% e Selic mantida em 15% até o fim de 2025.
O mercado financeiro revisou para baixo a previsão da inflação oficial do Brasil em 2025. A expectativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu de 5,24% para 5,20%, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (30) no Boletim Focus, relatório semanal do Banco Central com estimativas de instituições financeiras.

Apesar da leve queda, o índice segue acima da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional, que é de 3%, com margem de tolerância de até 4,5%. A inflação acumulada em 12 meses, até maio, é de 5,32%, impulsionada principalmente pelo aumento na conta de energia elétrica residencial.
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Para conter a inflação, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa básica de juros, a Selic, para 15% ao ano – o sétimo aumento consecutivo. A previsão é que os juros permaneçam nesse patamar até o fim de 2025, com queda gradual nos anos seguintes: 12,5% em 2026, 10,5% em 2027 e 10% em 2028.
O Copom justificou que, mesmo com a recente desaceleração da inflação, ainda há incertezas no cenário econômico que exigem cautela. O objetivo é conter a demanda, tornando o crédito mais caro e estimulando a poupança, o que tende a segurar os preços. No entanto, juros altos também podem travar o crescimento da economia.
As projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) permanecem positivas. A expectativa para 2025 é de crescimento de 2,21%. Para os anos seguintes, o mercado prevê avanço de 1,87% em 2026 e de 2% em 2027 e 2028. No primeiro trimestre de 2025, o PIB cresceu 1,4%, puxado pelo setor agropecuário.
O mercado também prevê que a cotação do dólar encerre 2025 em R$ 5,70. Para 2026, a estimativa sobe para R$ 5,79, refletindo o impacto de fatores externos, como conflitos internacionais, e o comportamento das taxas de juros americanas.
Fonte: Com informações da Agência Brasil