Militantes ocupam sede do Itaú BBA exigindo taxação dos super-ricos no Brasil

Ação da Frente Povo Sem Medo critica isenção de lucros e defende justiça fiscal

Por Carlos Sousa,

Militantes de esquerda ligados à Frente Povo Sem Medo ocuparam, na manhã desta quinta-feira (3), o edifício Faria Lima 3500, sede do banco de investimentos Itaú BBA, em São Paulo. A manifestação, que permanece em andamento segundo a Secretaria de Segurança Pública, cobra a taxação dos chamados “super-ricos” e é parte de uma mobilização nacional por justiça fiscal.

Foto: ReproduçãoAtivistas do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) invadiram uma agência do Itaú na Faria Lima em manifestação pela taxação dos super-ricos
Ativistas do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) invadiram uma agência do Itaú na Faria Lima em manifestação pela taxação dos super-ricos

Os manifestantes levaram cartazes e faixas com frases como “O povo não vai pagar a conta”, “Chega de mamata” e “Taxação dos super-ricos já!”. O grupo argumenta que a carga tributária brasileira é injusta, penalizando os mais pobres enquanto lucros e dividendos seguem, em grande parte, isentos de Imposto de Renda.
 

Em nota divulgada à imprensa, a Frente afirmou que a ocupação é “um recado ao Congresso Nacional pela inclusão dos milionários no imposto de renda e do povo no orçamento”. A manifestação ocorre em um momento em que o governo federal tenta avançar com pautas voltadas à reforma tributária, incluindo propostas de isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil mensais e taxação de grandes fortunas.

A escolha do local foi simbólica. O edifício ocupado foi adquirido pelo Itaú por R$ 1,5 bilhão em janeiro de 2024. “Os donos do Itaú, que compraram esse prédio por R$ 1,5 bilhão, pagam menos imposto que a maioria esmagadora do nosso povo, que luta para pagar aluguel e comer”, diz o comunicado do movimento.

A Frente Povo Sem Medo também convocou nova manifestação para o dia 10 de julho, na Avenida Paulista, contra o que chamam de “Congresso inimigo do povo”.

A proposta de taxação de grandes fortunas já foi apresentada pelo Ministério da Fazenda durante a cúpula do G20 em 2024, no Rio de Janeiro, e continua sendo uma das principais bandeiras do governo Lula para reequilibrar as contas públicas.

Procurado, o Itaú afirmou, por meio de nota, que não irá se manifestar sobre o ocorrido.

Fonte: CNN Brasil

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