Geração Z desafia o modelo tradicional de trabalho e rejeita ser CLT
Jovens buscam liberdade e propósito, priorizando flexibilidade sobre estabilidade formal
A Geração Z — jovens nascidos entre 1995 e 2010 — está revolucionando o mercado de trabalho, rejeitando o modelo tradicional de emprego com carteira assinada. Motivados pela busca de liberdade, propósito e flexibilidade, esses jovens estão desafiando as estruturas corporativas tradicionais e optando por alternativas como empreendedorismo, trabalho freelancer e informalidade.
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Uma pesquisa da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) revela dados significativos:
- Mais de 60% dos jovens preferem trabalho remoto ou com horários flexíveis
- Quase 50% dos empregados sonham em mudar de área ou tipo de vínculo
Os jovens apontam diversos motivos para abandonar o modelo CLT:
- Ambientes corporativos considerados tóxicos
- Salários baixos
- Falta de propósito
- Rigidez de horários
- Subordinação hierárquica
- Perspectivas Profissionais
Jovens como Gustavo Pinheiro, 27 anos, optam por abrir empresas próprias em busca de autonomia. "Tinha bons benefícios como CLT, mas precisava de liberdade", afirma.
Análise de especialistas
Vinícius do Carmo (Sociólogo)
A rejeição não é à carteira assinada, mas aos valores que ela representa
Jovens desejam ser "sócios produtivos"
Otto Nogami (Economista)
Alerta para riscos da informalidade
Preocupação com sustentabilidade previdenciária
Necessidade de adaptações em regulação e qualificação profissional
Riscos Identificados:
Comprometimento do sistema previdenciário
Vulnerabilidade na aposentadoria
Fragmentação das ocupações profissionais
Tendências do Mercado
Aumento da "pejotização"
Crescimento de ocupações como:
Nômades digitais
Criadores de conteúdo
Motoristas de aplicativo
Consultores autônomos
A mudança de comportamento da Geração Z representa mais do que uma simples rejeição ao trabalho formal. Trata-se de uma transformação estrutural nas relações de trabalho, exigindo:
Modernização de políticas trabalhistas
Revisão de mecanismos de proteção social
Adaptação das empresas às novas expectativas profissionais
A frase de Mariana de Souza, 23 anos, sintetiza o movimento: "Não quero só sobreviver. Quero viver e fazer sentido."
Fonte: Correio Braziliense