Lula prepara pronunciamento para responder Trump após taxa de 50% aos produtos

Presidente deve defender soberania e propor medidas recíprocas contra os EUA

Por Carlos Sousa,

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fará um pronunciamento em cadeia nacional para responder à decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que anunciou a taxação de 50% sobre produtos brasileiros. A data do pronunciamento está em avaliação, mas deve ocorrer entre esta quinta-feira (10) e sexta-feira (11).

Foto: Camargo/Agência Brasil | Andrew Harnik/Getty ImagesO presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, à esquerda, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, à direita
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, à esquerda, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, à direita

De acordo com informações do Palácio do Planalto, o texto da fala está sendo finalizado pelo secretário de Comunicação, Sidônio Palmeira, junto ao presidente. Fontes próximas ao governo afirmam que o teor do discurso deve seguir o tom da nota oficial publicada por Lula nas redes sociais, na qual defendeu a soberania nacional e sinalizou possíveis medidas recíprocas contra os Estados Unidos.

“O Brasil é um país soberano com instituições independentes que não aceitará ser tutelado por ninguém”, afirmou o presidente na publicação.

Lula também enfatizou que o processo judicial que investiga um suposto plano de golpe de Estado, no qual o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é réu, é de competência exclusiva da Justiça brasileira e não está sujeito a pressões externas.

Além disso, Lula rebateu diretamente a declaração de Trump, que classificou a relação comercial entre Brasil e EUA como “injusta”. O presidente brasileiro citou dados oficiais do próprio governo americano, que apontam que, nos últimos 15 anos, houve um superávit de cerca de 410 bilhões de dólares para os Estados Unidos no comércio de bens e serviços com o Brasil.

Enquanto isso, a diplomacia brasileira busca manter uma postura de equilíbrio e diálogo, defendendo uma negociação “com cabeça fria” para tratar do tema sem prejudicar interesses estratégicos de longo prazo entre os dois países.

O Planalto reforçou que, mesmo diante da tensão, o governo brasileiro seguirá defendendo o respeito às instituições nacionais e a independência do Judiciário, mantendo firme a posição contra qualquer tentativa de ingerência externa.

Fonte: CNN Brasil

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