Governo quer tornar Concurso Nacional Unificado permanente com provas bienais

A ministra Esther Dweck propõe edições do CPNU a cada dois anos, a partir de 2027

Por Carlos Sousa,

O governo federal está trabalhando para que o Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) se consolide como uma política permanente de Estado, com realizações a cada dois anos a partir de 2027. A informação foi divulgada nesta terça-feira (8 de julho) pela ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, durante participação no programa Bom Dia, Ministra, transmitido por emissoras de rádio.

Foto: Fábio Pozzeborn/Agência BrasilMinistra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck.
Ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck.

A ministra destacou que a ideia é institucionalizar o CPNU nos moldes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). “Faz a primeira edição, aperfeiçoa pra próxima. Aperfeiçoa até que, em um momento, ele fica tão tranquilo que você entra num certo voo de cruzeiro, tranquilo pra permanecer”, explicou.

Segundo Dweck, não haverá edição em 2026 devido às restrições do ano eleitoral, mas o objetivo é estabelecer um cronograma bienal a partir do ciclo seguinte. “O ideal para o serviço público são concursos com menos vagas para cada área, mas obviamente somadas muitas vagas, e de forma mais perene e mais frequente, pra que a gente não tenha grandes choques de gerações”, afirmou.

Execução em parceria com a Enap

Na entrevista, a ministra informou que a Escola Nacional de Administração Pública (Enap) será parceira central na execução das futuras edições do CPNU. Na edição de 2025, a Enap foi responsável pela contratação da banca organizadora e pela coordenação do processo seletivo, em cooperação com o Ministério da Gestão, que segue como gestor da política.

Diálogo com o MPF

Esther Dweck também comentou sobre o diálogo com o Ministério Público Federal (MPF), que recomendou a suspensão da segunda edição do CPNU e questionou o cumprimento de regras relativas às cotas raciais na primeira edição do concurso. Segundo a ministra, a pasta está prestando esclarecimentos e se mantém aberta ao diálogo com os órgãos de controle.

O CPNU, lançado em 2024 e executado pela primeira vez em 2025, tem o objetivo de unificar os concursos públicos federais, otimizando custos e ampliando o acesso de candidatos de diferentes regiões do país a vagas em órgãos do governo federal.

Fonte: Agência Brasil

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