Participantes usam verde e amarelo na maior parada do Orgulho LGBT+, em SP
A edição espera reunir cerca de 3 milhões de pessoas neste domingo (2)
A 28ª edição da Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo, acontece neste domingo (2/6), na Avenida Paulista. Considerada a maior do mundo, em 2006, a parada entrou para o Guinness Book com um público de dois milhões e meio de pessoas. Este ano, os organizadores esperam reunir três milhões de pessoas. Entre as atrações estão Pabllo Vittar, Glória Groove e Tiago Abravanel.
Uma novidade nesta edição, foi a sugestão de 'dress-code', feita pelos organizadores em tom político. Os participantes foram convidados a vestir verde e amarelo, iniciativa que deve simbolizar a "retomada" das cores da bandeira do Brasil, amplamente usadas em protestos bolsonaristas nos últimos anos.
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A inspiração para a vestimenta surgiu após o show de Madonna com Pabllo Vittar na Praia de Copacabana, em maio, onde ambas usaram as cores da bandeira do Brasil. O evento começou por volta das 10h, com a marcha oficial iniciando às 15h, e contará com 16 trios elétricos e apresentações de artistas como Pabllo Vittar, Glória Groove e Banda Uó.
O tema da marcha, “Basta de Negligência e Retrocesso no Legislativo: Vote consciente pelos direitos da população LGBT!”, direciona a cobrança ao Congresso Nacional, criticando a falta de avanços legislativos favoráveis à comunidade LGBTQIAPN+ desde a eleição de parlamentares conservadores em 2022.
Nelson Matias Pereira, presidente da Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo, destaca a necessidade de um voto consciente e crítico. “Vamos denunciar o retrocesso e a omissão do Congresso e das Casas Legislativas em relação às nossas pautas. Em todos esses últimos anos, não se aprovou nenhuma lei que nos favoreça. Vamos cobrar o Legislativo e também vamos dizer: vamos votar consciente. Precisamos ter um voto crítico, elegendo pessoas LGBT+”, afirmou.
Participações políticas
Entre os participantes políticos estão os pré-candidatos à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSol) e Tabata Amaral (PSB), enquanto o bolsonarista Ricardo Nunes (MDB) confirmou sua ausência. Em seu discurso, Boulos parabenizou o público e enfatizou a importância da luta por respeito e democracia. “Nós estamos aqui hoje por uma coisa simples: dizer que a gente quer respeito e democracia. E eu tenho certeza que a cidade de São Paulo vai novamente às ruas para dar uma resposta contra o bolsonarismo”, declarou, sendo aplaudido pelo público.
A deputada federal Érika Hilton (PSol-SP), uma das figuras mais aguardadas, foi recebida com gritos de “presidenta” e “o Brasil vai ter uma presidenta travesti”. Em seu discurso, Erika destacou a diversidade do Brasil. “Nós estamos aqui resistindo, lutando, celebrando e nós estamos dizendo que o Brasil pode ser melhor, pode ser maior. E sabe porque? Porque o Brasil é preto, é LGBT, indígena, travesti, é viado, é sapatão e é não-binário. Esse é o verdadeiro Brasil”, declarou, reforçando a luta por um país mais inclusivo e diverso.
Fonte: Com informações do Correio Braziliense