Transição de carreira requer ações pensadas e organização
Exercitar o autoconhecimento, estudar sobre a nova função ou profissão e desenvolver habilidades podem facilitar o processo
Seis em cada dez profissionais brasileiros cogitam trocar de emprego, segundo levantamento do LinkedIn, divulgado em 2023. Deste total, 20% já começaram a procurar oportunidades. O desejo de mudança é motivado por interesses como promoção de cargo, desempenho de novas tarefas na área, troca de empresa e, também, a transição de carreira e área de atuação.
Para quem deseja mudar completamente os rumos da vida profissional, especialistas recomendam orientação e planejamento. Refletir sobre o que tem gerado insatisfação e recorrer a um teste de afinidade profissional podem auxiliar num processo de transição de carreira assertivo.
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De acordo com a Associação Brasileira de Recursos Humanos do Rio Grande do Sul (ABRH-RS), redirecionar a carreira exige autoconhecimento para a compreensão de desejos e habilidades. Também é necessário estudar o mercado, mapear as oportunidades e buscar conhecimento naquela que será a área de atuação.
É aconselhável, ainda, realizar o planejamento financeiro para investir tempo e dinheiro na nova trajetória de profissionalização. Trabalho voluntário, participação em eventos e cursos de especialização são algumas das maneiras para adquirir conhecimentos, colocá-los em prática e ganhar experiência.
Buscar contatos com pessoas que atuam na área desejada e estabelecer uma aproximação da nova realidade também podem ajudar. O uso das redes sociais é indicado para divulgar o portfólio e networking.
Estabelecer metas com prazos é outra dica que ajuda a definir o tempo necessário para investir na etapa de formação, em atividades de imersão e nos trabalhos para adquirir experiência.
Inviabilidade de crescimento profissional motiva insatisfação
A falta de oportunidade de crescimento é a principal razão para que os profissionais queiram mudar de emprego, segundo levantamento do Pandapé, software de RH do Infojobs. De acordo com o estudo, nove em cada dez trabalhadores trocariam o emprego atual. Para 30% deles, a impossibilidade de crescer profissionalmente é o principal incômodo.
Liderança tóxica e remuneração baixa aparecem em seguida, apontadas por 24,4% e 24,1% dos respondentes, respectivamente. O clima organizacional ruim foi citado por 21,3% das pessoas ouvidas.
Nos casos em que a vontade de trocar de emprego vem acompanhada da mudança de área de atuação, a ABRH-RS aconselha o estudo do mercado de trabalho para analisar as oportunidades disponíveis, o que elas exigem e, assim, iniciar o processo de desenvolvimento de competências para atender tais requisitos.
Nesse contexto, é necessário, ainda, analisar os aspectos prioritários para a vida profissional, como possibilidade de crescimento, salário, cultura organizacional e ambiente de trabalho. A análise é uma forma de evitar que antigas frustrações se repitam com a nova carreira.
A partir do momento em que o incômodo em relação à carreira é notado a ponto de despertar o desejo de transição, a orientação é para que o profissional faça uma análise sobre quais são as motivações para esse sentimento. Além disso, é preciso ter cuidado com projeções ilusórias, já que a nova trajetória também vai requerer dedicação, esforço e, como toda área de atuação, pode contar com momentos satisfatórios e outros desafiadores.
A fase que antecede a mudança deve incluir planejamento e definição de onde se quer chegar. Por isso, é importante identificar o que motiva a transformação profissional em determinada direção. Conhecer o terreno em que se quer pisar e entender como ele funciona na prática devem ser prioridades nesta etapa inicial.
Teste vocacional é aliado para a construção da carreira
Mudar de carreira pode não ser uma tarefa fácil, devido às inúmeras possibilidades e aos desafios que podem surgir no caminho. Fazer um teste vocacional pode ajudar a descobrir com maior precisão qual é o seu perfil profissional e quais os cursos que mais correspondem aos seus anseios.
De acordo com portais especializados em educação e orientação vocacional, não existe um momento ideal para fazer um teste de afinidade vocacional. Dessa forma, ele pode ser feito em qualquer fase da vida, desde que o estudante ou profissional esteja disposto a se conhecer melhor, fornecer respostas honestas e receber orientação.
Fonte: estudo.vestibulares