Leonardo paga indenização de R$ 225 mil à funcionários por trabalho escravo
Seis trabalhadores foram resgatados em condições análogas à escravidão em uma das fazendas do cantor. Ele alegou não ter conhecimento da situação
O cantor Leonardo pagou R$ 225 mil de indenização aos seis trabalhadores que foram resgatados em condições análogas à escravidão em uma das suas fazendas, a “Lakanka”, localizada em Jussara, Goiás. Além da indenização, Leonardo também quitou uma multa de R$ 94.063,24. O acordo foi firmado com a Defensoria Pública da União (DPU), o Ministério Público do Trabalho (MPT) e a defesa do sertanejo.

Os trabalhadores foram encontrados em situação precária durante uma fiscalização realizada no local. Entre os resgatados, um jovem de 17 anos realizava trabalho proibido. Cada um dos cinco trabalhadores recebeu R$ 35 mil, enquanto o menor de idade foi indenizado em R$ 50 mil.
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Leonardo alegou não ter conhecimento das condições dos trabalhadores, justificando que a fazenda estava arrendada a outra pessoa. No entanto, o cantor aceitou pagar os valores estabelecidos e concordou com o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com o MPT.
Apesar da indenização e do encerramento do caso pelo MPT em abril, o nome do cantor ainda consta na "Lista suja" do trabalho escravo, o que causou surpresa à defesa. O advogado do artista, Paulo Vaz, afirmou que estão sendo tomadas medidas para remover o nome do cantor da lista, destacando que "todos os problemas estão resolvidos."
Condições de trabalho análogas à escravidão
De acordo com o relatório do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), os trabalhadores enfrentavam jornadas de até 10 horas diárias e viviam em condições de moradia extremamente precárias. Eles dormiam em uma casa abandonada a dois quilômetros da sede da fazenda, sem acesso a banheiros ou instalações adequadas, realizando suas necessidades ao ar livre.
O relatório também detalhou que o único chuveiro disponível era uma mangueira improvisada, e o espaço onde dormiam era infestado por morcegos e fezes de animais, além da falta de acesso a água potável.
Fonte: Portal AZ