Liniker é a primeira mulher trans a ganhar 'Artista do Ano' no Prêmio Multishow

Cantora recebe quatro troféus e emociona com discurso sobre aceitação e representatividade

Por Dominic Ferreira, 04/12/2024 15:04

A cantora Liniker fez história nesta terça-feira (3) ao se tornar a primeira mulher trans a ser premiada como Artista do Ano no Prêmio Multishow 2024. A artista, que também foi a recordista de indicações, levou quatro troféus para casa, incluindo o mais prestigiado da noite, graças ao sucesso do seu álbum Caju, lançado em agosto. A vitória de Liniker mostra sua crescente relevância na música brasileira e sua contribuição para a representatividade LGBTQIA+ no cenário musical.

Foto: Reprodução/Instagram/Multishow

Liniker é homenageada com quatro troféus, incluindo o principal do Prêmio Multishow.

Em seu discurso emocionado ao receber o prêmio, Liniker expressou a importância de acreditar na própria identidade e ressaltou a jornada de construção de Caju. "Ser reconhecida como vencedora nesta categoria, com esse disco que eu sonhei primeiro sozinha e depois construí com tantas outras mãos, aponta não só ao futuro, mas brinda o presente com o melhor que eu pude fazer para mim. Meu resgate de acreditar em quem eu sou e me permitir existir", disse a cantora, enquanto o público a aplaudia com gritos de “Ela merece”. Liniker superou nomes como Anitta, Ana Castela, Gloria Groove, Jão e Matuê na disputa.
A premiação também foi marcada pela homenagem inédita a Anitta, que recebeu o Troféu Vanguarda, em reconhecimento à sua carreira e à sua influência global. Após um hiato de cinco anos, a cantora fez uma performance marcante, incluindo músicas como São Paulo, sua colaboração com The Weeknd, e Menina Má.
Além das homenagens e vitórias, o evento contou com apresentações de grandes nomes da música, como Manu Bahtidão, Pedro Sampaio, Sorriso Maroto, Raça Negra e Gloria Groove. O Prêmio Multishow 2024 foi comandado por Tatá Werneck, Tadeu Schmidt e Kenya Sade e destacou a força da música brasileira, celebrando a diversidade e a inclusão no cenário artístico nacional.

Fonte: Correio Braziliense