Museu dos Povos Indígenas do Piauí fortalece cultura e atrai visitantes
Espaço preserva ancestralidade e promove vivências indígenas com atividades inclusivas
Desde sua fundação em 2016, o Museu dos Povos Indígenas do Piauí - Anízia Maria (MUPI), localizado na comunidade Nazaré, em Lagoa de São Francisco-PI, tem se consolidado como um importante espaço de preservação e valorização da cultura indígena no estado. Inicialmente voltado às etnias Tabajara e Tapuio Itamaraty, o museu expandiu sua atuação para representar diversas etnias, como os Kariris, Warao, Guajajara, Gueguês e Akroá Gamela.

Em 2023, o museu ganhou um espaço físico mais amplo, com apoio do Sistema Estadual de Incentivo à Cultura (Siec), reforçando sua missão de preservar histórias, espiritualidades e memórias ancestrais. O MUPI oferece uma experiência rica e educativa ao público, com um acervo que inclui objetos materiais indígenas, fotografias, uma linha do tempo histórica e espaços interativos, como a Oca Ritualística, onde práticas espirituais como o Toré são realizadas. Outras estruturas, como a Oca da Farinhada, demonstram processos tradicionais, enquanto canteiros de ervas medicinais destacam o uso de plantas na cultura indígena.
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Além disso, o espaço promove oficinas de artesanato, tecelagem e rodas de conversa na Oca das Trocas de Saberes, além de manter uma lojinha de artesanato, que gera renda para as comunidades indígenas.
Em 2024, o museu atraiu mais de 3 mil visitantes, com destaque para os meses de abril e agosto, quando escolas organizam visitas temáticas voltadas à cultura indígena. Por uma taxa simbólica de R$ 3, os visitantes são guiados por voluntários que explicam o significado das peças e promovem uma troca de saberes. Mais do que um espaço físico, o MUPI é também um símbolo de resistência cultural, onde os “troncos velhos” – anciãos da comunidade – desempenham um papel essencial na transmissão oral de histórias e tradições.
Segundo a diretora Dinayana Tabajara: “Nossa missão principal é fazer com que a história que foi silenciada durante tanto tempo hoje seja ouvida, sentida e vivenciada”; Com planos para expandir suas atividades em 2025, o MUPI pretende levar a experiência do museu para outras comunidades indígenas do Piauí, fortalecendo a identidade cultural em novos territórios.
A diretora destaca que o museu não apenas narra o passado, mas projeta o futuro dos povos indígenas, inspirando outras comunidades a criar seus próprios espaços de memória. Assim, o Museu dos Povos Indígenas do Piauí segue como um importante ponto de aprendizado, celebração e resistência, cumprindo a missão de resgatar e valorizar histórias que por muito tempo foram silenciadas.
Fonte: Governo do Piauí