Filho de Elis Regina descarta holograma em show e prioriza emoção na homenagem
João Marcello Bôscoli reafirma que a tecnologia atual não será utilizada no evento
João Marcello Bôscoli, filho da cantora Elis Regina, está organizando o evento Elis 80 para celebrar o 80º aniversário de sua mãe, que ocorrerá no Espaço Unimed, em São Paulo, nesta sexta-feira (28). A expectativa em torno da apresentação aumentou com o anúncio do uso de inteligência artificial, mas muitos esperavam ver um holograma da artista em cena. Contudo, Bôscoli descartou essa possibilidade ao ser questionado em entrevista feita pela CNN, afirmando que nem para esta celebração nem para futuras apresentações artísticas a família utilizará hologramas.

O produtor musical relembrou que, em um passado recente, uma empresa havia oferecido serviços de holografia, mas os resultados não agradaram à família. “A gente nunca usou e nunca usará, no catálogo da Elis, as ferramentas de inteligência artificial para a área criativa“, destacou João Marcello. Ele expressou a opinião da família sobre a falta de emoção que os hologramas transmitem, afirmando que “o olhar não está ali”, o que os levou a optar por não adotar essa tecnologia.
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João também mencionou que, embora esteja aberto à possibilidade de criar um holograma com o consentimento de seus irmãos, Maria Rita e Pedro Mariano, e dos futuros netos de Elis, isso só ocorreria se a tecnologia pudesse capturar a essência emocional da artista. “Só no dia em que o olhar estiver ali, mas isso não aconteceu e não aconteceria“, completou.
Para o evento Elis 80, a inteligência artificial será utilizada na restauração de materiais antigos da cantora, como áudios e entrevistas, com o propósito de limpar ruídos e isolar a voz da artista.

Embora tenha descartado o uso de hologramas nos shows, a família de Elis Regina já utilizou tecnologia de deepfake e inteligência artificial em um comercial da Volkswagen, intitulado “Gerações”, que marcou os 70 anos da concessionária no Brasil. O comercial emocionou muitos, mas também gerou críticas, especialmente de pessoas que se sentiram desconfortáveis com a representação da artista. João Marcello comentou sobre a controvérsia, mencionando que a repercussão do anúncio gerou um debate importante sobre os limites da inteligência artificial na arte, e ele ficou satisfeito com a emoção que o comercial provocou no público.
Fonte: CNN Pop