Ministério da Cultura reconhece Lundu de Lezeira como Patrimônio Vivo do Piauí

Conquista valoriza tradição cultural e garante apoio à comunidade de Paquetá

Por Dominic Ferreira,

O Lundu de Lezeira, uma manifestação cultural rica e ancestral, foi oficialmente reconhecido como Patrimônio Vivo do Estado do Piauí, através do Chamamento Mestre Herondino. Localizado no Quilombo Custaneira Tronco, no município de Paquetá, essa tradição pulsa entre as raízes da ancestralidade e os ritos que atravessam gerações, representando a força e a resistência da comunidade quilombola. O reconhecimento é uma vitória significativa que valoriza uma história construída com fé, coletividade e tradição. 

Foto: Reprodução | SecultZÉ Piau e Dona Rita da Custaneira.
ZÉ Piau e Dona Rita da Custaneira.

Com essa conquista, o Lundu de Lezeira passa a receber um incentivo financeiro mensal da Secretaria de Estado da Cultura do Piauí (Secult). O objetivo desse apoio é estimular e preservar iniciativas que contribuam para o desenvolvimento sociocultural e profissional dos mestres e grupos de tradição popular, garantindo que os saberes ancestrais sejam transmitidos às futuras gerações. A ação visa fortalecer a identidade cultural da comunidade, preservando suas tradições.

Foto: Reprodução | SecultSecretário Rodrigo Amorim e os moradores do Quilombo.
Secretário Rodrigo Amorim e os moradores do Quilombo.

No último final de semana, o secretário de Estado da Cultura, Rodrigo Amorim, visitou a comunidade para celebrar a conquista e acompanhar outras ações em desenvolvimento no quilombo. Durante a visita, ele destacou a importância do apoio do poder público nos territórios quilombolas. Ao lado de Dona Rita da Custaneira, que também é Patrimônio Vivo do Estado, Amorim enfatizou o papel fundamental da cultura na construção da identidade e da resistência do povo.

O Quilombo Custaneira Tronco, formado por 45 famílias descendentes de escravizados, é um verdadeiro santuário da cultura popular. A presença da Casa de Guerreiro Caboclo de Oxóssi, um terreiro de religião de matriz africana, sustenta a base cultural e espiritual da comunidade. Para Pai Naldo, uma das lideranças do quilombo, a valorização da cultura é essencial: “Um povo sem cultura é um povo sem identidade. Aqui nós sabemos quem somos, onde estamos e para onde queremos ir.” 

Fonte: Secult

Comente

Pequisar