Kim Kardashian temia ser estuprada durante roubo de joías em 2016
A socialite norte-americana depôs nesta terça-feira (13) em Paris, quase 10 anos depois de assalto multimilionário em uma suíte de hotel
A empresária e estrela de reality show Kim Kardashian compareceu nesta terça-feira (13) ao tribunal de Paris para prestar depoimento no julgamento dos acusados de envolvimento no violento assalto que sofreu em outubro de 2016. Durante a Semana de Moda de Paris, Kim foi rendida e amarrada sob a mira de arma na suíte de um hotel, tendo cerca de US$ 10 milhões (aproximadamente R$ 56 milhões) em joias roubadas, incluindo um anel de noivado avaliado em US$ 4 milhões, presente de seu então marido, Kanye West, que nunca foi recuperado.

Vestindo um colar com diamantes, a empresária iniciou seu testemunho agradecendo às autoridades francesas e afirmou que estava ali para “contar sua verdade”. Kim foi acompanhada de sua mãe, Kris Jenner. Em depoiemnto, a socialite disse que tinha certeza que "seria estuprada e depois morta" pelos assaltantes.
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O caso envolve dez réus, sendo nove homens e uma mulher, com idades entre 35 e 78 anos. As acusações incluem roubo à mão armada, sequestro e conspiração. Dois deles confessaram envolvimento parcial, enquanto os demais negam participação. O grupo ficou conhecido pela imprensa como os "Assaltantes Avós", em referência à idade avançada de parte dos acusados.
Durante a audiência, Simone Harouche, amiga de infância e estilista de Kardashian na época, deu um depoimento emocional. Ela contou que estava dormindo em um quarto no andar inferior quando ouviu sons estranhos vindos da suíte. “Era um som que eu nunca tinha ouvido da Kim. Era terror”, disse. Harouche relatou que Kardashian implorava para sobreviver: "Tenho bebês, levem tudo, só me deixem viver".
Assustada, Simone se trancou no banheiro e conseguiu alertar a irmã de Kim, Kourtney, e o então segurança, Pascal Duvier, que testemunhou anteriormente e disse ter encontrado Kim em estado de choque, chorando desesperadamente após o ataque. Kardashian teria corrido para o quarto da amiga com fitas ainda amarradas aos pés, temendo que os assaltantes retornassem.
Segundo Harouche, Kim ficou “frenética, traumatizada, falando em pular pela janela” e disse que “aquela noite mudou sua vida para sempre”. O impacto também atingiu a própria Simone, que revelou ter abandonado a carreira com celebridades após o episódio e migrado para o design de interiores.
O julgamento acontece quase nove anos após o crime, em razão de atrasos judiciais e da sobrecarga do sistema francês com casos como os atentados terroristas de 2015 em Paris. Se condenados, os réus ainda ativos no processo podem pegar até 30 anos de prisão.
Fonte: Portal Az