Empresas de ônibus que fazem parte do Consórcio Teresina e atuam na zona Sudeste da capital decidiram paralisar as atividades nesta desta terça-feira (27). Segundo o secretário de previdência e assistência social do Sintetro, Francisco Sousa, a decisão foi organizada pelos empresários a partir da falta de dinheiro para combustível.

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Empresários impedem circulação de ônibus da zona Sul de Teresina por falta de repasses (Foto: Sintetro/Divulgação)

"A paralisação não partiu dos trabalhadores. Essa de hoje foi a administração da empresa que decidiu não colocar os ônibus para circular", disse ao Portal AZ.

Entre as cinco empresas de transporte coletivo que fazem parte do Consórcio Teresina e atuam na região Sudeste da capital, três alegaram falta de combustível para continuar os serviço e pararam as atividades. 

"Os da Emtracol, Transfácil e Transporte Teresina não vão colocar os ônibus para rodar hoje, segundo os empresários, é devido a falta de combustível. Ontem à noite os trabalhadores receberam o comunicado que não precisaria vir para a garagem porque os ônibus não sairiam", afirmou.

“Arrecadação não está sendo suficiente”, alegam empresários 

Em vídeo enviado ao Portal AZ, o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut) declarou que a situação enfrentada pelo empresariado é drástica. Conforme Vinícius Rufino, coordenador técnico do Setut, a arrecadação dos ônibus não está sendo suficiente para abastecer os veículos. 

Vinícius Rufino, coordenador técnico do Setut (Foto: reprodução)

"O sistema do transporte coletivo de Teresina continua muito crítica. Fechamos o mês de março com uma arrecadação proporcional a 12% ao que se arrecadava antes da pandemia. Desse modo, o custo operacional está superior ao percentual da arrecadação. O que está se arrecadando no dia a dia não está sendo suficiente abastecer os veículos para que se possa garantir a operação do dia seguinte. Tem sido um desafio diário", relatou. 

Vinícius pontuou que a Prefeitura Municipal de Teresina não realizou o repasse referente ao apoio monetário por conta da pandemia ao Setut."O repasse devido não foi enviado pelo município, é um repasse contratual em relação aos subsídios da pandemia, o que agrava a situação do sistema", frisou.

Outro lado

A reportagem entrou em contato com a PMT para saber a respeito do repasse contratual, entretanto, até o fechamento desta matéria, não houve resposta. O espaço segue aberto para esclarecimentos.