Anestesista é preso por abusar de pacientes sedadas e gravar crime

O médico também estava sendo investigado por armazenar pornografia infantil

Por Redação portal AZ,

Andres Eduardo Oñate Carrillo, de 32 anos, foi preso hoje (16) pela Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav) por estuprar pelo menos duas pacientes enquanto estavam em estado de sedação durante cirurgias. Caso muito semelhante ao do médico Giovanni Quintella Bezerra, exposto em julho de 2022.

Foto: Reprodução/InstagramAndres Eduardo Onate Carrillo é médico anestesista e atuava em hospitais públicos e privados
Andres Eduardo Onate Carrillo é médico anestesista e atuava em hospitais públicos e privados

Andrés é colombiano mas está em situação regular no país, antes da prisão, estava atuando tanto em hospitais particulares quanto em hospitais da rede pública de saúde.

A esposa do médico foi quem recebeu a polícia no momento do cumprimento do mandado de busca e apreensão que existia para a residência do médico, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.

Foto: ReproduçãoO anestesista foi preso com grande quantidade de material pornográfico infantil
O anestesista foi preso com grande quantidade de material pornográfico infantil

O anestesista ainda é investigado por produzir e armazenar pornografia infantil em um inquérito remetido para a Vara Especializada em Crimes contra Criança e Adolescentes — a partir do qual a polícia descobriu os abusos praticados nos hospitais.

Como a polícia descobriu os crimes

As investigações da Dcav, que contou com apoio da inteligência da Polícia Civil, tiveram início em dezembro, a partir do compartilhamento de informações do Serviço de Repressão a Crimes de Ódio e Pornografia Infantil da Polícia Federal (PF).

À época, a PF identificou a possibilidade de vasta movimentação de arquivos pornográficos em posse de Andres e encaminhou o caso à Polícia Civil.

Com o andamento das investigações, a quebra de dados em compartimentos do celular do médico foi autorizada. Lá a polícia encontrou mais de 20 mil arquivos de mídias contendo abusos infantis.

Além do conteúdo pedófilo armazenado no celular de Andrés, a polícia ainda encontrou 3 vídeos que o próprio anestesista gravou, nele, aparece abusando das pacientes sedadas em um hospital.

“Quando vimos, logo de início, tratamos como casos de estupro, partindo do princípio de que ele mesmo teria produzido. Mas precisávamos avançar na identificação das vítimas e materializar os crimes. Pelos metadados dos vídeos, certificamos a localização do suspeito no ato da gravação, identificando os hospitais e descobrindo os dias. Aí partimos para a tentativa de descobrir as mulheres ali sedadas. Com as listas de pacientes operados nos dias, fomos buscando características físicas e eliminado possibilidades até chegar às pacientes”, explicou o delegado titular da Dcav, Luiz Henrique Marques.

Os vídeos que Andrés gravou foram mostrados às vítimas, que se reconheceram, mas não sabiam que haviam sido estupradas.

A Polícia Civil espera avançar nas investigações, detalhando todas as unidades nas quais o médico trabalhava, e encontrar novas possíveis vítimas.

A direção do Hospital Estadual dos Lagos Nossa Senhora de Nazareth informou que colaborou com a Polícia Civil na investigação que levou à prisão do médico anestesista. “Todas as informações solicitadas pela polícia foram levantadas e repassadas. O médico deixou de atuar na unidade em setembro de 2021”, disse.

O Hospital Universitário Clementino Fraga Filho afirmou que “o médico Andres, colombiano, não atua mais na unidade desde fevereiro de 2021”.

Fonte: Com informações do G1

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