Filho de pedreiro é primeiro colocado em Medicina na UFDPar por cotas
O aluno da rede estadual seguiu uma rotina de estudos que contou com a participação e apoio da escola
Francisco Wagner, natural de Cocal dos Alves e filho de um pedreiro e uma dona de casa, foi o primeiro colocado (cota) na lista de aprovados para o curso de medicina na Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar) através do Sistema de Seleção Unificada (Sisu).

Francisco Wagner estudou parte de seu Ensino Fundamental e todo seu Ensino Médio no Centro de Ensino de Tempo Integral (CETI) Augustinho Brandão. O jovem conta que seu pai é analfabeto e a mãe possui pouco estudo, mas que em casa, nunca faltou incentivo.
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“Meu pai é analfabeto e minha mãe tem pouco estudo, mas nunca faltou o incentivo e a motivação por parte deles para que eu seguisse estudando e buscasse realizar meus sonhos. Mesmo com todos os desafios, eles nunca deixaram de me ajudar, me aconselhar e me auxiliar quando eu precisei, e se hoje eu consegui minha aprovação, em grande parte foi por conta da minha família”, explica o estudante.
O aluno da rede estadual seguiu uma rotina de estudos que contou com a participação e apoio da escola, que além da grade curricular do ano, também ofertou aos alunos ações intensivas de incentivo a preparação para o vestibular.
“Fizemos uma espécie de intensivão, com dias em que chegávamos à escola 7h da manhã e saímos 10h da noite. Uma rotina de estudos muito intensa, que nos cansava, mas sabíamos que todo aquele esforço resultaria em nosso futuro, nossa aprovação”, relata o aprovado.
O diretor Darkson Vieira destaca que a escola conta com uma preparação especial, que se complementa com as ações da Secretaria de Estado da Educação (Seduc).
“Temos um Pré-ENEM próprio, fazemos revisão de conteúdo, temos o material didático e de redação elaborado por nós, o que reflete em nossa média da redação que chega a quase 900 pontos. Então, a escola recebe com muito alegria esses resultados porque é a retribuição de um trabalho de dedicação dos professores. Nós trabalhamos para isso, para ver transformação social através desse estudante que mora na zona rural, que vive da agricultura de subsistência, chegar na faculdade”, completa o diretor.
Fonte: Com informações do Governo do Piauí