CNJ investiga desembargador que liberou traficante condenado a 126 anos
Salomão considerou que Palermo, um dos maiores traficantes de drogas do Brasil, "foi condenado a 126 anos de prisão, portanto, não teria qualquer tipo de benefício a curto prazo".
O Conselho Nacional de Justiça abriu investigação sobre o desembargador Divoncir Schreiner Maran, do Tribunal de \Justiça do Mato Grosso do Sul, por libertar Gerson Palermo, traficante condenado a 126 anos de prisão. Apenas oito horas após o benefício, o condenado conseguiu fugir ao romper a tornozeleira eletrônica.

Durante o plantão Judiciário em abril de 2020, o desembargador concedeu prisão domiciliar ao traficante em razão deste supostamente se encontrar no grupo de risco do covid-19. Ocorre que, o condenado fugiu oito horas após de concedido o benefício.
Ao recomendar em seu voto à investigação sobre o magistrado, o corregedor Nacional, ministro Luís Felipe Salomão, destacou que o desembargador concedeu o habeas corpus sem ouvir o Ministério Público.
Além disso, Salomão considerou que Palermo, um dos maiores traficantes de drogas reconhecido no Brasil, "foi condenado a 126 anos de prisão, portanto, não teria qualquer tipo de benefício a curto prazo".
Conselheiro Luiz Fernando Bandeira de Mello Filho apresentou voto-vista em entendimento contrário ao relator. Ele destacou que a liberação teve por resultado a evasão do detento, uma figura, sem dúvida, responsável por delitos muito graves. Contudo, questionou, "estaríamos aqui, de fato discutindo isso se o detento não tivesse evadido?"
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Fonte: Portal AZ