Ministério Público do Piauí pede a condenação de delegado por tortura

Evidências sólidas reforçam acusação contra os réus em caso de violência contra um homem

Por Redação do Portal AZ,

O Ministério Público do Estado do Piauí está buscando a condenação de quatro réus em um caso de tortura que ocorreu em 2 de setembro de 2012, na cidade de Piripiri, Piauí. Segundo a acusação, naquela data, a vítima, Ednaldo Farias Albuquerque, foi algemada pelos réus, que na época eram policiais militares, em frente à AABB da cidade. Em seguida, ele foi levado ao campo de aviação local, onde teria sido brutalmente agredido pelos denunciados por mais de 20 minutos.

O caso se desenrola na justiça há mais de uma década e segundo o Ministério Público do Piauí, não resta dúvidas acerca da participação dos réus no ato e violência.

Foto: ReproduçãoO Governo do Estado do Piauí nomeou o delegado Lucas Klinger Marinho Leitão para a Delegacia Especializada no Combate às Facções Criminosas de Piripiri.
O Governo do Estado do Piauí nomeou o delegado Lucas Klinger Marinho Leitão para a Delegacia Especializada no Combate às Facções Criminosas de Piripiri.

O Ministério Público fundamentou suas alegações com base nas evidências apresentadas durante o processo judicial. As ações teriam sido cometidas por Francisco Oliveira Silva Junior, Luarco Cesar Magalhães, Lucas Klinger Marinho Leitão e Everaldo de Andrade Pereira. Eles enfrentam acusações relacionadas à violação dos direitos humanos, incluindo a prática de tortura. Um dos acusados, Lucas Klinger, foi recentemente nomeado delegado de Polícia Civil.

Enquanto praticavam as mencionadas agressões, os policiais militares teriam proferido para a vítima as palavras: "Deyves, tu agora vai ver o que acontece com quem bate na polícia." No entanto, após cerca de 20 minutos, durante os quais a vítima, Ednaldo Farias Albuquerque, afirmou que não se tratava da pessoa de "Deyves", os policiais militares, ora acusados, cessaram as agressões físicas contra a dita vítima.

Segundo o MPPI a instrução processual não deixou dúvidas quanto à materialidade e autoria do delito imputado aos réus. As evidências apresentadas durante o processo judicial foram sólidas e consistentes, e não restaram dúvidas sobre a autoria das ações.

Veja aqui as alegações finais do processo

Mais detalhes do processo

Fonte: Portal AZ

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