Em Teresina, 71% dos beneficiários do Bolsa Família deixaram o CadÚnico

Segundo um levantamento do Instituto de Mobilidade e Desenvolvimento Social (IMDS), entre 2005 e 2019, houve uma redução de 55,4% no número de beneficiários do Bolsa Família no Piauí que estavam inscritos no Cadastro Único. Na capital do estado, Teresina, essa redução foi mais acentuada, chegando a 71%.

O segundo município do estado com maior redução foi São Miguel da Baixa Grande, com 69% dos nomes deixando o cadastro. Floriano vem em terceiro com 67%.

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No mesmo período, 30,1% permaneceram no CadÚnico do Piauí e continuaram a depender do programa de transferência de renda durante os 14 anos observados. 

Foto: Reprodução/ IMDS

Em Teresina aa redução foi de 71%

Apesar da redução nos dependentes de programas sociais, grande parte desses beneficiários não conseguiu acessar o mercado formal de trabalho nos últimos anos, entre 2015 e 2019. Segundo levantamento feito pelo IMDS, 63,8% dos nomes observados não foram registrados no mercado formal nesse período no Piauí. Em Teresina esse percentual foi de 54, 5%.

O Instituto ainda observou que o número de beneficiários que ingressaram em trabalhos formais e se mantiveram nos postos por três anos ou mais foi de 22% no Piauí e de 30,2% na capital.

Foto: Reprodução/ IMDS

Percentual de beneficiários que ingressaram no mercado formal de trabalho entre 2015 e 2019 no Piauí

Ao analisar a saída de dependentes dos programas sociais por região, o Nordeste apresentou o menor índice de redução, com 57,6%, enquanto a região Sul liderou com o maior índice, atingindo 73,8%. No âmbito nacional, 64% dos beneficiários do Bolsa Família, cadastrados a partir de 2005, já não estavam no Cadastro Único em 2019.

Das famílias que permaneceram registradas no Cadastro Único em todo o país, 20% ainda recebiam o Bolsa Família no início da vida adulta.

Foto: Reprodução/ IMDS

Redução de dependentes dos programas sociais por região

Esses dados são baseados nas informações da Folha de Pagamentos do Programa Bolsa Família e do Cadastro Único para Programas Sociais, considerando as taxas de saída e permanência dos beneficiários nos registros de 2005 e 2019. O Cadastro Único é o principal mapeamento para programas sociais no Brasil.

Os indicadores do Instituto buscam criar um retrato para entender a dinâmica da pobreza no Brasil, e seu padrão ao longo do ciclo de vida do indivíduo, a partir do uso de dados coletados e apresentados em um painel. Os dados sobre a saída de beneficiários do CadÚnico podem ser acessados aqui.

Os dados de beneficiários que conseguiram acessar o mercado formal de trabalho podem ser vistos aqui.

Fonte: Com informações do IMDS