Manifestantes do 8 de janeiro planejavam prisão e enforcamento

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu uma entrevista ao jornal O Globo, divulgada nesta quinta-feira (4/1), na qual revelou detalhes sobre os planos de golpistas que participaram dos atos em 8 de janeiro de 2023. Segundo Moraes, esses indivíduos tinham a intenção de prendê-lo e enforcá-lo na Praça dos Três Poderes, apresentando três planos distintos com desfechos variados.

Foto: (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Ministro Alexandre de Moraes

O primeiro plano envolvia as Forças Especiais do Exército, que deveriam prender Moraes em um domingo e levá-lo para Goiânia. O segundo plano incluía o abandono do corpo do ministro no caminho para Goiânia, configurando um possível homicídio. O terceiro plano, idealizado por participantes mais exaltados, previa a prisão e o enforcamento de Moraes na Praça dos Três Poderes, demonstrando o nível de agressividade e ódio dessas pessoas.

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Vale ressaltar que, no dia 8 de janeiro de 2023, Moraes estava em Paris, na França, com a família. Ao receber imagens da invasão ao Congresso, o ministro entrou em contato com autoridades brasileiras, incluindo o então ministro da Justiça Flávio Dino e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Moraes destacou a inação da Polícia Militar durante a invasão e comentou sobre as medidas tomadas para evitar movimentos golpistas em outros estados, incluindo prisões e afastamento de autoridades.

Sobre as duras críticas recebidas por sua atuação nos processos relacionados aos eventos de 8 de janeiro, Moraes afirmou que analisa críticas construtivas e ignora as destrutivas. Ele defendeu a igualdade perante a lei, ressaltando que a Justiça deve ser aplicada a todos, independentemente da classe social. Quanto às penas recebidas pelos golpistas, Moraes destacou que a decisão sobre a pena não é do STF, mas do Legislativo, que aprovou uma legislação para impedir tentativas de golpe.

As investigações completam um ano na próxima segunda-feira, e Moraes reforçou a importância das ações tomadas para evitar mais violência e distúrbios civis em todo o país.

Fonte: Correio Braziliense