Regularização de condomínio pode ter motivado morte da Vereadora
A PF apura possível relação entre o assassinato de Marielle Franco e a regularização de condomínio no Rio de Janeiro.
A Polícia Federal está investigando se a regularização de um condomínio na Zona Oeste do Rio de Janeiro teria sido o motivo por trás do assassinato da ex-vereadora Marielle Franco (Psol-RJ). Segundo a delação do ex-policial militar Ronnie Lessa, Marielle teria se tornado alvo por defender a ocupação de terrenos por pessoas de baixa renda, acompanhada pelo Instituto de Terras e Cartografia e o Núcleo de Terra e Habitação da Defensoria Pública do Rio.
O possível mandante do assassinato, no entanto, queria que o condomínio fosse completamente regularizado, sem levar em conta critérios de área de interesse social, conforme informações do jornal O Globo. Marielle Franco e Anderson Gomes completariam seis anos de morte em 14 de março.
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Ronnie Lessa, acusado de disparar contra Marielle e Anderson, fez um acordo de delação premiada com a PF, mas a homologação ainda aguarda aprovação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), já que o nome citado tem foro por prerrogativa de função.
Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, foi mencionado tanto por Élcio de Queiroz quanto por Ronnie Lessa como possível mandante do crime. Brazão já havia sido investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital por atrapalhar as investigações antes da delação.
A suspeita é que Brazão teria usado um policial federal aposentado para levar outro policial militar a acusar Marcello Siciliano e o miliciano Orlando Curicica como mandantes do crime. Brazão nega as acusações e alega que está sendo apontado por Lessa para esconder outra pessoa.
Marielle Franco foi assassinada a tiros em 14 de março de 2018, no bairro do Estácio, enquanto saía de um evento com mulheres negras. O motorista Anderson Gomes, também atingido, faleceu no incidente.
Fonte: Correio Braziliense
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