“UFC de Rua” propaga lutas clandestinas na periferia de São Paulo
A prática, documentada em vídeos compartilhados nas redes sociais, envolve jovens e até crianças
O fenômeno do "UFC de Rua" está disseminando lutas clandestinas em postos de gasolina, praças e campos de futebol na periferia de São Paulo. A prática, documentada em vídeos compartilhados nas redes sociais, envolve jovens e até crianças trocando socos sem equipamento adequado e, em alguns casos, sem estrutura para atendimento médico em emergências.

Apesar de chocante, as lutas não são ilegais, desde que não envolvam apostas e não tenham como único objetivo lesionar o oponente, conforme explica o coronel da reserva da Polícia Militar, Azor Lopes da Silva Júnior. Moradores dividem opiniões nas redes sociais, alguns apoiando a prática como esporte, enquanto outros destacam os riscos à integridade física dos participantes.
- Participe do nosso grupo de WhatsApp
- Participe do nosso grupo de Telegram
- Confira os jogos e classificação dos principais campeonatos
O governo, representado pela Secretaria da Segurança Pública (SSP), está ciente dos eventos e destaca que, embora as lutas não se enquadrem no crime de lesão corporal, diligências estão em andamento para identificar os participantes. O 28º Distrito Policial (Freguesia do Ó) está disponível para registros de ocorrências caso a integridade física de algum envolvido seja comprometida.
Estudos da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) alertam para os riscos, pois a exposição repetitiva do crânio a pancadas pode resultar em danos irreversíveis ao cérebro, como a encefalopatia traumática crônica. O caso de um jovem que morreu em Jericoacoara, no Ceará, após ser nocauteado em uma luta informal de boxe, ilustra os perigos dessa prática.
Fonte: Metrópoles