Ambientalista denuncia novamente derrame de chorume no lixão de Teresina
Ele alertou para o risco de contaminação do Rio Poti, que fica nas proximidades do lixão
O ambientalista, Dionísio Piauí, faz novamente uma grave denúncia sobre o lixão de Teresina. O ativista filmou a empresa Litucera, contratada pela Prefeitura de Teresina, lançando chorume in natura no solo. Segundo ele o procedimento é ilegal, pois contamina o meio ambiente e provoca prejuízos aos cofres públicos visto não está sendo tratado.
Dionisio reforça que já fez várias denúncias ao Ministério Público Estadual. Um deles é o cancelamento da licença ambiental que foi emitido pela SEMAR, pois não há o cumprimento das condicionantes.
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“Fizemos a denúncia no MPF visto que esse chorume vai acabar contaminando o Rio Poti que fica próximo. Além disso a SEMAR também está sendo conivente, e deve ser investigada, pois a mesma permite a manutenção da licença mesmo a empresa tendo descumprido diversos itens das condicionantes exigidas na emissão.”
As imagens estão no perfil do ambientalista e mostram um líquido bastante escuro sendo despejado no solo sem impermeabilização.
“O procedimento ali é a prova concreta de de um crime ambiental sendo cometido, a Justiça Estadual já proferiu uma decisão para não se lançar chorume naquela área seja nos terrenos vizinhos ou subsolo sob a multa limite de R$100.000 (cem mil reais)” disse.
Trecho da decisão: “Quanto ao perigo do dano ou risco ao resultado útil, é de se constatar que o vazamento de chorume, o que não apenas polui o solo onde há a concentração dos resíduos, mas pode atingir camadas mais profundas do solo/subsolo, completando um ciclo abjeto de poluição, assim como pode escorrer para além dos limites do aterro sanitário, atingindo imóveis vizinhos – como ocorre no presente caso –prejudica o pleno exercício do direito de propriedade do Autor, além de gerar possibilidade de grave dano ambiental em razão de poluição.”
O ambientalista ressalta que o procedimento filmado por ele se trata de um método de “recirculação de chorume”, pois esse método acontece “no topo do aterro” e não abaixo.
Destacou que a Prefeitura de Teresina paga R$ 101,00 (cento e um reais) no metro cúbico de chorume tratado, e segundo ele o valor pode passar de R$ 100.000,00, ( um milhão de reais) pois depende das chuvas.
“Pelo visto estão não estão tratando este chorume que é altamente perigoso. Os órgãos ambientais federais devem investigar visto que a Semar não está fazendo o seu papel e prejudicando a cidade de Teresina.”, falou Dionísio.
Fonte: Portal AZ