Polícia Federal destrói ponte que dava acesso à Terra Indígena no Pará

Ação visa evitar retorno de invasores que atuavam em atividades ilegais na região

Por Dominic Ferreira,

A Polícia Federal (PF), em conjunto com a Força Nacional e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), realizou uma operação para destruir uma ponte clandestina que servia como acesso à Terra Indígena (TI) de Apyterewa, localizada no município de São Félix do Xingu, no Pará. A ação faz parte da operação de Desintrusão das Terras Indígenas Apyterewa e Trincheira Bacajá, com o objetivo de evitar o retorno de exploradores ilegais que atuavam no garimpo, desmatamento e criação de gado na região.

Foto: Reprodução/Polícia FederalForam usados explosivos para derrubarem a ponte.
Foram usados explosivos para derrubarem a ponte.

Segundo informações da PF, a ponte foi destruída por explosivos em duas etapas: uma explosão ocorreu na quinta-feira (25) e outra nesta sexta-feira (26). A estrutura, conhecida como Bucha do Natanael, tinha 61 metros de comprimento e 4,6 metros de largura, sustentada por oito pilares de concreto, e servia como o principal acesso à Terra Indígena.

A região da TI Apyterewa foi identificada como a área de floresta amazônica mais desmatada entre os anos de 2019 e 2022, de acordo com o Centro de Monitoramento Remoto da Funai. As disputas territoriais na região remontam à década de 1980, quando os primeiros invasores se estabeleceram na área.

Em 2023, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, determinou a retirada dos invasores e das criações de gado, bem como a inutilização das estruturas de fazenda e a destruição das pistas de pouso na região. Essa decisão foi tomada no âmbito de uma ação que trata do plano de desintrusão de terras indígenas.

A recente determinação de Barroso para que o governo federal regulamente o poder de polícia a servidores da Funai é parte desse processo. A regulamentação, que deverá ocorrer dentro de 180 dias, visa definir quais servidores poderão portar armas e quais atuarão como fiscais de infrações, fortalecendo assim a proteção das terras indígenas e a segurança dos povos que as habitam.

Fonte: Agência Brasil

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