AstraZeneca anuncia encerramento total da produção da vacina contra Covid-19

Farmacêutica alega queda na demanda e questões legais para interrupção da fabricação

Por Redação do Portal AZ,

A AstraZeneca surpreendeu ao anunciar nesta quarta-feira (8) o fim da produção da sua vacina contra covid-19 conhecida como Vaxzevria. A decisão, segundo a empresa teria sido baseada em motivos comerciais, no entanto, a farmacêutica enfrenta acusações contundentes sobre os efeitos colaterais de sua vacina.

Recentemente, a empresa admitiu, em processo judicial, a ocorrência de um "efeito colateral raro" associado à vacina. Segundo informações do jornal britânico The Telegraph, a AstraZeneca enfrenta uma ação coletiva movida por 51 famílias, que buscam uma indenização que pode chegar a aproximadamente R$ 700 milhões.

"Como desde então foram desenvolvidas múltiplas vacinas contra variantes da covid-19, há um excedente de vacinas atualizadas disponíveis. Isto levou a uma queda na demanda pela Vaxzevria, que não está sendo mais produzida ou fornecida", afirmou o grupo em um comunicado.

O suposto efeito adverso é descrito na bula da vacina, que alerta para a possibilidade de ocorrência de coágulos sanguíneos importantes em combinação com níveis baixos de plaquetas no sangue, fenômeno conhecido como trombocitopenia. Apesar de raro, o efeito colateral levanta preocupações quanto à segurança do imunizante.

A vacina da AstraZeneca foi uma das primeiras autorizadas no Brasil. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) enfatizou que a autorização para uso emergencial da vacina foi embasada em critérios científicos robusto e ressaltou que os benefícios da vacinação superam os possíveis riscos, especialmente em grupos de alto risco para a covid-19. No entanto, reconheceu que, no início da campanha de vacinação em 2021, havia uma oferta limitada de vacinas em todo o mundo.

Desde o início da aplicação do imunizante no país, mais de 153 milhões de doses da vacina produzida pela AstraZeneca foram administradas em brasileiros, segundo dados do painel de monitoramento de vacinas do Ministério da Saúde.

Fonte: Com informações do Correio Braziliense

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