Técnico da Braskem continua em silêncio às vésperas do fim prazo judicial
O ex-engenheiro responsável não responde questionamentos; 40 mil sem residência
O ex-engenheiro responsável pela exploração das minas de sal-gema que afundaram em Maceió, Paulo Roberto Cabral de Melo, optou por ficar em silêncio durante seu depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado que investiga as atividades da Braskem. Como resultado, ao menos 40 mil pessoas foram forçadas a se deslocar dos bairros afetados na capital alagoana.

Paulo Roberto Cabral de Melo, amparado por um habeas corpus concedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, justificou sua decisão de permanecer em silêncio, citando sua condição de investigado e as medidas restritivas aplicadas a ele pela CPI.
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O ex-engenheiro, que atuou na Braskem desde 1976 e foi gerente da planta de mineração da empresa em Maceió até 1997, recusou-se a responder às perguntas do relator da CPI, senador Rogério Carvalho (PT-SE). Apesar das tentativas do relator de obter esclarecimentos sobre problemas documentados nas minas durante o período em que Cabral de Melo atuava na empresa, este permaneceu em silêncio.
O relator destacou que o ex-engenheiro assumiu todas as responsabilidades pela operação das minas em depoimento à Polícia Federal. Cabral de Melo seguiu trabalhando para a Braskem após 1997 como consultor, por meio de sua empresa Consalt Consultoria Mineral Ltda.
A CPI da Braskem, instalada em dezembro de 2023, deve apresentar seu relatório final no Senado nesta quarta-feira (15), após análise e aprovação pela maioria do colegiado. O prazo final para conclusão dos trabalhos da comissão está previsto para o próximo dia 22.
Fonte: Agência Brasil