Piauí terá perda de 455 mil habitantes dentro de 46 anos, prevê o IBGE
No Brasil, a população deve parar de crescer em 2041
As primeiras Projeções de População do IBGE com dados do Censo Demográfico 2022 estimam que em 2070 o Piauí uma perda de 454.774 moradores na comparação a 2036, quando a fundação de pesquisas prevê que comece o declínio populacional no Estado. O número a menor de habitantes no Estado representa mais que metade da atual população de Teresina.
No Brasil, a população deve parar de crescer em 2041 – cinco depois do início da queda no Piauí.
Segundo o estudo, a população do Piauí vai crescer até o ano de 2036, quando chegará a um total de 3.431.896 habitantes. A partir do ano de 2037, começa uma queda na quantidade de pessoas residentes no estado, até que se chegar a 2.977.122 habitantes em 2070.
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A perda de 454.774 habitantes em pouco mais de três décadas – entre os anos de 2036 e 2070 – equivale a uma queda de 13,25%, mais que a queda na população brasileira, projetada pelo IBGE em 9,6%
Uma das razões para o recuo futuro da população do Piauí está no presente, com queda na taxa de fecundidade. O estudo demográfico mostra que, de 2000 para 2023, a taxa de fecundidade no estado caiu de 2,72 filhos por mulher para 1,61. Em 2037, quando a população do Piauí entrará em declínio, a taxa será de 1,44 a partir de 2037 – em seu ponto mais baixo.
Outro aspecto para a redução vai se dar com a idade média da população piauiense, que atingiu 34,8 anos em 2023 e deve subir para 49,5 anos em 2070.
As Projeções de População do IBGE estimam que a população do Brasil vai parar de crescer em 2041, quando chegará ao valor máximo de 220.425.299 habitantes.
A partir do ano de 2042, a população do país deve diminuir, até chegar aos 199.228.708 habitantes em 2070, uma redução de 21.196.591 habitantes, o equivalente a uma queda 9,6% em relação a 2041.
Rio Grande do Sul e Alagoas devem ser os primeiros estados a atingir o crescimento máximo de sua população em 2026, com o Rio de Janeiro logo a seguir, em 2027. Já Mato Grosso deve ser o último estado a atingir o crescimento máximo de sua população, em algum momento após 2070 (ano limite das atuais Projeções de População). Por sua vez, Santa Catarina e Roraima deverão ser os últimos estados a atingir o crescimento máximo de sua população, em 2063.
Izabel Marri, gerente de Estudos e Análises Demográficas do IBGE, explica que esse recuo populacional será bastante desigual regionalmente. “A migração entre unidades da federação é um fator muito importante nas dinâmicas populacionais. Alguns estados são a origem e outros, o destino desses migrantes. Isso vai fazer com que cada estado tenha sua inflexão populacional em um momento diferente”.
Fonte: Com informações do IBGE