Influenciador que subiu rampa com Lula critica fala de Fábio Novo sobre autistas

Ivan Baron criticou o uso do termo "pandemia de autismo" e explicou por que essa expressão é preconceituosa.

Por Redação do Portal AZ,

O influenciador Ivan Baron, conhecido por sua atuação em temas ligados à comunidade PCD (pessoa com deficiência), comentou sobre a fala polêmica de Fábio Novo no debate da TV Antena 10, onde o candidato se referiu ao autismo como uma “pandemia”.

Foto: Reprodução/InstagramIvan Baron
Ivan Baron

O influenciador, que subiu a rampa do Planalto com o presidente Lula, vestindo um terno com frases anticapacitistas como "pare de nos excluir" e "acolher quem é desacreditado", explicou por que a fala de Novo é prejudicial e carregada de desinformação.

Ivan, que utiliza suas redes para conscientizar sobre questões PCD, iniciou seu vídeo perguntando:

“Pandemia de filhos autistas? Você sabe por que essa expressão está erradíssima?” Em sua explicação, ele cita o dicionário para lembrar que "pandemia" se refere à disseminação de uma doença em grande escala, o que, ao ser usado em conjunto com o autismo, reforça a visão errada de que o autismo é uma doença.

Baron destacou que o autismo não é uma doença e, portanto, não pode ser tratado como algo contagioso ou que esteja “se espalhando”. Para ele, a fala de Fábio Novo é mais um exemplo de como a desinformação pode reforçar estigmas e preconceitos contra pessoas que estão no espectro autista.

Pedido de desculpas

Após o debate, Fábio Novo usou suas redes sociais para se desculpar pela fala, mas não explicou o porquê de seu comentário ter sido considerado capacitista. Baron, por outro lado, foi mais didático em sua explicação, apontando como o uso do termo "pandemia" em relação ao autismo reflete uma falta de entendimento sobre a condição e perpetua visões estigmatizantes.

Críticas anteriores

Essa não foi a primeira vez que Ivan Baron se posicionou sobre falas capacitistas. Meses atrás, ele também criticou o próprio presidente Lula por um comentário em que o mandatário disse não querer ser visto com bengala ou andador após a cirurgia no quadril. Para Ivan, o uso desses acessórios não deve ser motivo de vergonha ou estigma, e falas como essa contribuem para reforçar o preconceito contra pessoas que utilizam esses dispositivos.

Ao concluir seu vídeo, Ivan questionou a capacidade de gestores que, ao mesmo tempo em que prometem representar o povo, mostram desconhecimento sobre as realidades de pessoas com deficiência. Um representante público precisa estar bem-informado e agir com responsabilidade, evitando discursos que perpetuam estigmas e marginalizam parte da população.

Fonte: Portal AZ

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