Desembargadores investigados por venda de sentenças em MS

Conheça os desembargadores suspeitos de envolvimento em esquema de corrupção em MS.

A Polícia Federal realizou uma operação nesta quinta-feira (24) no Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul (TJ-MS) voltada para desvendar possíveis casos de venda de sentenças envolvendo cinco desembargadores.

Os principais envolvidos são:

  • Sérgio Fernandes Martins, atual presidente do TJ-MS
  • Sideni Soncini Pimentel, futuro presidente do TJ-MS
  • Vladimir Abreu Da Silva, futuro vice-presidente do TJ-MS
  • Marcos José de Brito Rodrigues
  • Alexandre Aguiar Bastos

O desembargador Martins, mencionado em um relatório da PF ao STJ, é apontado como receptor de dinheiro não declarado, adquirindo bens sem comprovação de renda. Antes de presidir o TJ-MS, ele foi chefe da Corregedoria-Geral da Justiça entre 2019 e 2020.

Sideni Soncini Pimentel, alvo de uma das 44 buscas realizadas, exerceu o cargo de vice-presidente do TJ-MS e foi eleito para a presidência da Corte em mandato futuro.

Vladimir Abreu Da Silva, também afastado por 180 dias, foi eleito para ser o próximo vice-presidente do tribunal.

O desembargador Marcos José de Brito Rodrigues é apontado em um extenso relatório da PF por trocar mensagens com empresários para influenciar decisões judiciais.

A investigação destaca a aquisição de bens sem rastreio de transações bancárias, como imóveis e veículos, pelo desembargador.

Além disso, o inquérito revela operações financeiras suspeitas envolvendo servidores judiciais e assessores de Alexandre Aguiar Bastos, com pagamento de boletos em dinheiro.

Na operação conjunta da PF e Receita Federal, 200 agentes cumpriram mandados em quatro estados, determinando o uso de tornozeleiras eletrônicas aos desembargadores.

Posicionamento do TJ-MS

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul declarou, por nota, que ainda não teve acesso ao conteúdo completo da decisão que motivou a ação e, portanto, não pode comentar sobre o caso. Comprometeu-se a fornecer informações assim que possível, em respeito à transparência e legalidade. A reportagem busca contato com a defesa dos desembargadores afastados.

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