Investidores buscam ouro como ativo seguro com eleições nos EUA
Ouro atinge segundo recorde consecutivo em meio à incerteza eleitoral americana.
Com o cenário de incerteza em relação à eleição presidencial nos Estados Unidos, o ouro registrou mais um dia de alta, fechando em um novo recorde de valorização. Essa tendência se manteve pelo segundo dia consecutivo, demonstrando a busca dos investidores por ativos seguros em momentos de instabilidade política.
Nesta quarta-feira (30), o ouro para dezembro encerrou o dia com um aumento de 0,70%, sendo cotado a US$ 2.800,80 por onça-troy na Comex, a divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). Durante as negociações, atingiu o pico de US$ 2.784,90 por onça-troy.
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Embora o dólar americano tenha se fortalecido e os rendimentos do Tesouro dos EUA tenham aumentado, o ouro continuou em alta, refletindo a postura cautelosa dos mercados diante do atual cenário. A Julius Baer destacou que essa valorização ocorre em momentos de crise econômica ou sistêmica, atribuindo grande parte desse movimento à proximidade das eleições presidenciais nos EUA.
O analista de mercado Fawad Razaqzada também apontou que as incertezas eleitorais nos EUA estão influenciando positivamente o ouro a curto prazo, devido à sua característica de ativo de proteção em períodos de volatilidade do mercado. Além disso, o Conselho Mundial do Ouro divulgou um aumento de 5% na demanda global pelo metal, superando a marca de US$ 100 bilhões, impulsionada pelo interesse renovado nos EUA em fundos negociados em bolsa de ouro.
No longo prazo, a expectativa de mais estímulos fiscais por parte do governo americano, seja com a gestão de Donald Trump ou de Kamala Harris, aliada a medidas de flexibilização do Federal Reserve (Fed), pode continuar favorecendo o ouro. Joe Cavatoni, estrategista de mercado do Conselho Mundial do Ouro, ressaltou a importância desses fatores para o desempenho futuro do metal precioso.
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