Quase 200 mil pessoas residem em favelas ou comunidades urbanas no Piauí
Segundo o Censo, o Piauí é a 14ª unidade da Federação em número de residentes em favelas
O Censo 2022 indica que no Piauí há e 199.044 pessoas residindo em favelas ou comunidades urbanas, o equivalente a 1,21% dos 16.3 milhões de brasileiros que moram nestes espaços urbanos o IBGE define como territórios populares originados das diversas estratégias utilizadas pela própria população para atender, geralmente de forma autônoma e coletiva, às suas necessidades de moradia e usos associados em atividades como o comércio, serviços, lazer, cultura, entre outros, diante da insuficiência e inadequação das políticas públicas e investimentos privados dirigidos à garantia do direito à cidade.
Segundo o Censo, o Piauí é a 14ª unidade da Federação em número de residentes em favelas e comunidades urbanas. No Nordeste, o Piauí ocupava a sexta posição entre os estados da com o maior quantitativo de pessoas morando em favelas ou comunidades urbanas.
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Os cinco estados com maior concentração populacional em favelas ou comunidades urbanas são: São Paulo, com 3.630.519 pessoas (22,15%); Rio de Janeiro, com 2.142.466 pessoas (13,07%); Pará, com 1.523.608 pessoas (9,30%); Bahia, com 1.370.262 de pessoas (8,36%) e Amazonas, com 1.368.093 de pessoas (8.35%).
Os menores quantitativos ficaram com o Mato Grosso do Sul, com 16.678 pessoas (0,10%), e Roraima, com 16.016 pessoas (0,10%).
No Piauí, 6,08% da população total do estado residia em favelas e comunidades urbanas, o que colocava o estado na 14ª posição entre todas as unidades da Federação.
A proporção de pessoas residindo em favelas e comunidades urbanas no Piauí é menor que a brasileira: no Brasil, 8,07% do total da população reside nesses espaços urbanos, sendo maior a proporção entre estados da região Norte, onde o destaque foi o Amazonas, com a maior proporção do país: 34,71% da população do estado residindo em favelas ou comunidades urbanas, seguido do Amapá, com 24,43%, e do Pará, com 18,76%. As menores proporções no país foram as de Goiás, com 1,34%, e do Mato Grosso do Sul, com 0,60%.
Piauí tem 173 favelas e comunidades urbanas
O Censo Demográfico 2022 revelou que havia 173 favelas e comunidades urbanas no estado do Piauí, o que representava 1,40% do total de 12.348 favelas registradas em todo o país.
O número de favelas no Piauí é o segundo menor da região Nordeste, ficando acima apenas do que foi registrado para o Rio Grande do Norte, com 101 favelas (0,82%). No contexto nacional, o Piauí está na 16ª. posição quando comparado às demais unidades da federação
A unidade da Federação com o maior quantitativo de favelas era São Paulo, com 3.123, o que significa que uma a cada quatro favelas do país (25,29%) estava situada naquele estado. Na sequência vinha o Rio de Janeiro, com 1.724 favelas (13,96%) e Pernambuco, com 849 favelas (6,88%).
O menor quantitativo de favelas estava no Mato Grosso do Sul, com 31 favelas (0,25%), e em Roraima, com 10 favelas (0,08%).
Teresina tem 170 das 173 favelas do Piauí
Quase as 173 favelas e comunidades urbanas do Piauí, segundo o IBGE, estão localizadas em Teresina. Apenas três situação fora da capital: Comunidade Mãe Rainha, em Parnaíba (456 moradores), Morada do Sol (200 moradores) e Quilombo (199 moradores), ambas em Picos.
Entre as 170 áreas de favela e comunidades urbanas de Teresina, segundo o Censo IBGE 2022, as 20 maiores as seguintes:
1 Irmã Dulce (13.596 moradores).
2 Santa Bárbara (6.820 moradores).
3 Alto da Ressurreição (6.564 moradores).
4 Parque Brasil III (5.582 moradores)
5 Mafrense (5.513 moradores)
6 Parque Universitário (5.190 moradores)
7 Parque Brasil II (5.011 moradores)
8 Vila da Paz (4.484 moradores)
9 Parque da Vitória (4.447 moradores)
10 Cidade Jardim (4.168 moradores)
11 Cidade Leste (3.889 moradores)
12 Madre Teresa (3.633 moradores)
13 Vila Risoleta Neves (3.399 moradores)
14 Vila Bandeirante (3.267 moradores)
15 Parque Brasil I (3.240 moradores)
16 Vila Dilma Rousseff – (2.967 moradores)
17 Vila Bandeirante (2.919 moradores)
18 Vila Meio Norte (2.894 moradores)
19 Monte Horebe (2.856 moradores)
20 Vila Firmino Filho (2.835 moradores)
*Insegurança jurídica*
Nas favelas e comunidades verifica-se a predominância de domicílios com graus diferenciados de insegurança jurídica da posse do imóvel e a existência de, pelo menos, um dos seguintes critérios:
a) ausência ou oferta incompleta e/ou precária de serviços públicos por parte das instituições competentes;
b) predomínio de edificações, arruamento e infraestrutura que usualmente são autoproduzidos e/ou se orientam por parâmetros urbanísticos e construtivos distintos dos definidos pelos órgãos públicos; e
c) localização em áreas com restrição à ocupação definidas pela legislação ambiental ou urbanística ou em sítios urbanos caracterizados como áreas de risco ambiental.
Fonte: Com informações do IBGE