Dia da Consciência Negra destaca desafio e superação de jovens negros no esporte

Racismo e barreiras sociais dificultam o acesso ao sucesso para talentos das periferias

Por Dominic Ferreira,


No Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, a reflexão sobre o racismo estrutural ganha ainda mais relevância, especialmente no esporte, um dos principais caminhos para jovens negros das periferias superarem adversidades. Segundo Emerson Zulu, empresário do futebol e dono da Strategic Sports, "o esporte é a luz no fim do túnel para muitos jovens que buscam transformar a realidade de suas famílias".  

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Dados do Observatório da Discriminação Racial no Futebol de 2023 revelam que 41,8% dos trabalhadores negros do futebol brasileiro já enfrentaram racismo no ambiente profissional, com ocorrências frequentes em estádios (53,9%) e redes sociais (31,4%). Casos de repercussão internacional, como os ataques racistas sofridos por Vinícius Júnior na Espanha, evidenciam a necessidade de uma luta constante contra o preconceito. "Eu sou algoz de racistas", declarou o jogador ao celebrar a primeira condenação penal por racismo no futebol espanhol.  

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Zulu, que também enfrentou desafios como jovem negro na periferia, transformou sua trajetória em exemplo de superação. Hoje, além de gerenciar carreiras de jogadores como Emerson Royal, ele se dedica a identificar e apoiar talentos em comunidades carentes, proporcionando oportunidades que muitos ainda não têm. Seu trabalho já movimentou meio bilhão de reais em contratos, consolidando-se como uma referência no setor esportivo.  
A data, além de exaltar a cultura afro-brasileira, reforça a urgência de ações concretas para combater a desigualdade racial e ampliar o acesso de jovens negros ao esporte de forma justa e digna, garantindo que o talento seja reconhecido acima do preconceito.

Fonte: Portal AZ

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