Desafios da economia brasileira: Efeitos da política do BC em questão
Economista alerta para perda de eficácia da política do BC diante de riscos fiscais cresce
Diante da preocupação com a possível dominância fiscal na economia brasileira, os sinais de que a política do Banco Central (BC) está perdendo eficácia são evidentes. Segundo Leonardo Porto, economista-chefe do Citi, embora o país ainda não tenha atingido esse cenário, a capacidade do BC de conter a inflação está se enfraquecendo.
Efeitos na Inflação
As projeções do Citi indicam novos aumentos na taxa de juros, chegando a 13,25% em março do próximo ano e recuando para 10,5% até o final de 2026. O Comitê de Política Monetária (Copom) deve elevar os juros em 0,75 ponto na reunião desta quarta-feira e repetir a dose em janeiro, na primeira reunião de 2025. Em março, espera-se um último aumento de 0,5 ponto.
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Porto justifica a postura mais restritiva da política monetária devido à desancoragem das expectativas de inflação pelo mercado financeiro. A previsão do Citi é que o IPCA encerre o ano em 4,8%, acima do limite máximo buscado pelo BC, para depois recuar para 4,3% e 3,7% em 2025 e 2026, respectivamente.
Desafios Futuros
Apesar de reconhecer a natureza do problema fiscal, Porto ressalta a importância de o BC manter sua atuação, evitando que a questão fiscal desestabilize o controle monetário. A perda de eficácia da política do BC, aponta o economista, pode representar um obstáculo significativo diante dos desafios econômicos atuais.
Em meio a esse cenário, a atuação do BC se torna crucial para garantir a estabilidade econômica, mesmo diante de pressões fiscais crescentes. A análise de Porto destaca a necessidade de uma abordagem estratégica e eficaz para lidar com os impactos da política fiscal sobre a atuação do BC, visando manter a inflação sob controle e promover um ambiente econômico mais estável e previsível.