Ceará tem 6.940 crianças e adolescentes órfãos registrados entre 2021 e 2024

Dados mostram impacto da orfandade no estado e necessidade de políticas públicas

Por Dominic Ferreira,

Desde 2021, o Ceará registrou 6.940 crianças e adolescentes órfãos, segundo dados do Operador Nacional do Registro Civil (ON-RCPN). Desses, 6.809 perderam um dos pais, enquanto 131 ficaram sem ambos os genitores. Esses números não incluem as mortes diretamente associadas à Covid-19, que resultaram em 380 órfãos de um dos pais e um caso sem ambos os genitores.  

Foto: ReproduçãoO acesso a serviços sociais e psicológicos é apontado como essencial para minimizar os impactos da orfandade.
O acesso a serviços sociais e psicológicos é apontado como essencial para minimizar os impactos da orfandade.

O Brasil, como um todo, contabiliza 4.498 crianças e adolescentes sem pai e mãe, com São Paulo liderando o ranking geral de orfandade, com 34 mil casos. Estados como Bahia, Rio de Janeiro, Paraná e Minas Gerais também ultrapassam 10 mil casos cada. Já Sergipe tem a maior taxa proporcional de órfãos, com 2,9% das crianças sem ao menos um dos pais, contra a média nacional de 1,7%.  
Priscila Aragão, diretora de Comunicação da Anoreg-CE, ressalta a importância dos dados cartoriais para a formulação de políticas públicas. “a base de dados dos cartórios, que registra as diversas etapas da vida de um cidadão, tem sido fundamental para tomadas de decisões na execução de políticas públicas”, afirma.  
A Associação dos Notários e Registradores do Ceará (Anoreg-CE), que utiliza essas informações para apoio a iniciativas públicas, destaca a necessidade de atenção a essas crianças, especialmente em períodos como o Natal, quando a ausência de familiares se torna mais evidente. O acesso a serviços sociais e psicológicos é apontado como essencial para minimizar os impactos da orfandade.  

Fonte: Top Midia

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