Auditores alertam que revogação do pix favorece o crime, não o cidadão
O Governo foi emparedado por uma onda de fake news
O recuo do governo quanto à ampliação da fiscalização de movimentações financeiras, incluindo o pix, favorece não o cidadão, mas os criminosos. Pelo menos é o que alertam os auditores da Receita Federal.

Segundo informa hoje a Coluna do Estadão, na edição impressa do jornal O Estado de S Paulo, o presidente do Sindicato dos Auditores-Fiscais da Receita (Sindifisco Nacional), Dão Real, informa haver a possibilidade de uma série de prejuízos em face da revogação do ato do Fisco que endurecia a fiscalização sobre transações financeiras.
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Sem uma expansão do olhar do Fisco sobre operações financeiras, pode haver o enfraquecimento do combate a crimes como tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e até mesmo terrorismo.
Emparedado por uma onda de fake news sobre tributação do pix e uma avalanche de crítica à medida de maior fiscalização, tida apenas como um esforço arrecadatório, o governo Lula revogou na quarta-feira, 15, uma regra da Receita, em vigor desde o início do mês, que expandia para operadoras de cartão de crédito e bancos eletrônico normas sobre transações financeiras aplicadas há mais de 10 anos a bancos privados e públicos.
Liderados por estrelas midiáticas como o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), congressistas da oposição espalharam mentiras de que o pix seria taxado.
A onda de mentiras em redes sociais diminuiu o volume desse tipo de pagamento, favoreceu a ideia de que o governo só queria arrecadar mais e levou à revogação de um ato que ajudaria a combater o crime organizado e a sonegação.
Dão Real, líder dos auditores fiscais, explicou ao Estadão que a regra de maior fiscalização às movimentações financeiras está alinhada às práticas internacionais de combate a crimes como a sonegação fiscal, tráficos de drogas, de armas, de animais, de pessoas e o terrorismo, que se valem de brechas na fiscalização para se financiar.
“Os crimes se alimentam dos meios de pagamentos que o Estado não monitora, o que permite lavagem de dinheiro", explicou Dão Real ao jornal O Estado de S Paulo.
Fonte: Portal AZ