Mudanças climáticas custaram ao Brasil mais de R$ 45 bilhões entre 2020 e 2023

O setor mais afetado pelas perdas foi a agropecuária

Por Redação do Portal AZ,

Um estudo da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) estima que entre 2020 e 2023, o Brasil teve prejuízo de R$ 45,9 bilhões com eventos climáticos extremos, como são classificadas chuvas torrenciais, com enchentes e inundações, estiagens prolongadas e ondas de calor. O valor equivale a mais de uma vez e meia o Produto Interno Bruto de Teresina, que foi de R$ 27,4 bilhões em 2021.

Foto: ReproduçãoAs cheias no Rio Grande do Sul:  exemplo do devastador efeito negativo de eventos climáticos extremos na economia
As cheias no Rio Grande do Sul: exemplo do devastador efeito negativo de eventos climáticos extremos na economia

O setor mais afetado pelas perdas foi a agropecuária, com 24,4 bilhões, seguida pelos serviços, com R$ 19,3 bilhões e a indústria, com R$ 2,2 bilhões.
As perdas segmentadas pelos setores público e privado indicam que foram as empresas as mais prejudicadas, com R$ 41,2 bilhões. A administração pública soma prejuízos de R$ 4,7 bilhões em razão de eventos climáticos extremos no Brasil.
O presidente da Fiemg, Flávio Roscoe, diz que para mitigar os efeitos das mudanças climáticas serão necessárias medidas para conter o avanço do aquecimento global. Cita como exemplo as ações destinadas à redução da emissão de carbono.
Para além das perdas econômicas gigantescas, o aquecimento global que causa eventos climáticos extremos destruidores afetou pelo menos 32 milhões de brasileiros atingidos por secas, inundações e enchentes entre 2020 e 2023, mostra o estudo da Fiemg, que aponta ainda um número de 2,8 milhões de desabrigados ou desalojados em razão desses eventos climáticos extremos, número maior que o de moradores da capital do Ceará, Fortaleza, que em 2025 tinha 2,5 milhões de habitantes.
O grande número de desabrigados e desalojados se explica por outros dados do estudo da Fiemg, a apontar que eventos climáticos extremos afetaram 564 mil residências, destruindo 174 mil delas e danificando outros 390 mil imóveis.
O prejuízo patrimonial foi de R$ 17,9 bilhões no período analisado – o que em relação a danos em estruturas de uso público como hospitais, escolas, creches, obras viárias, de transporte e equipamentos urbanos, resultou em perdas de R$ 16 bilhões..

Fonte: Portal AZ

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