Rio de Janeiro registra fevereiro mais seco da história
Com apenas 0,6 mm de chuva, Rio tem o fevereiro mais seco já registrado. Saiba mais!
O município do Rio de Janeiro está prestes a encerrar o mês de fevereiro com um cenário inédito em sua história: a extrema seca. Com apenas 0,6 mm de chuva registrados, este fevereiro será marcado como o mais seco já registrado na região. Para se ter uma ideia da escassez, a média de precipitação para este mês é de 123,3 mm, o que torna a situação atual surpreendente e preocupante.
Impactos da Escassez de Chuva
A falta de chuvas não apenas influencia a sensação de calor, mas também afeta diretamente a vegetação e o abastecimento de água na cidade. Normalmente, os temporais de verão ajudam a equilibrar as temperaturas e a suprir a demanda hídrica, o que não tem ocorrido neste período.
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A meteorologista-chefe do Alerta Rio, Raquel Franco, ressalta a gravidade da situação: este é o primeiro mês, desde o início dos registros em 1997, a apresentar um índice tão baixo de chuva, abaixo de 1 mm. Bairros tradicionalmente chuvosos, como Jardim Botânico e Copacabana, estão entre os locais que praticamente não receberam nenhuma gota d'água.
Desafios Atuais e Perspectivas Futuras
Além dos impactos ambientais, a escassez de chuva também evidencia o desafio enfrentado pelo Rio de Janeiro em meio a um cenário de mudanças climáticas globais. O atual bloqueio atmosférico tem impedido a chegada de frentes frias, agravando a situação de seca na região.
A combinação de fatores, como a ilha de calor urbana e a geografia complexa da cidade, contribui para a peculiaridade do "domo carioca", fenômeno que tem intrigado os especialistas em meteorologia. A ausência de chuvas até mesmo durante os temporais isolados revela a singularidade do atual cenário climático na região.
Com a perspectiva de uma primeira quinzena de março também com previsão abaixo da média de chuva, a incerteza sobre a chegada das águas de março permanece. O Carnaval deste ano será marcado pela seca, evidenciando a urgência de medidas e estudos para lidar com os desafios climáticos futuros.
Em um contexto global de extremos climáticos, como o calor recorde em janeiro e as projeções tórridas para fevereiro, o ano de 2025 se apresenta desafiador, sem a influência do El Niño ou La Niña para explicar as anomalias climáticas observadas. A busca por entender e antecipar esses eventos climáticos extremos torna-se fundamental para a adaptação e mitigação dos impactos futuros.