Governo demite os 300 da Agespisa que não aderiram ao PDV
A manhã desta terça-feira foi de comoção entre famílias afetadas
Em uma decisão que causou indignação entre trabalhadores e sindicatos, o governador Rafael Fonteles (PT), autorizou a demissão de 300 empregados da Agespisa. A medida, que afetou principalmente pais e mães de família, gerou críticas intensas por ser tomada por um governo que historicamente se apresenta como defensor dos direitos trabalhistas e da classe operária.

A Agespisa, que possui uma história relevante no setor público, iniciou o processo de desligamento em massa hoje, após comunicado oficial que pegou muitos funcionários de surpresa.
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Ao tomarem conhecimento da medida, os empregados da concessionária, que operou o sistema de saneamento do Estado nos últimos 60 anos, lamentaram profundamente a decisão e destacaram a contradição entre o discurso do governo e sua prática. “
“É muito triste ver um governo que se diz aliado do trabalhador ser responsável por colocar 300 chefes de família na rua, sem qualquer aviso prévio ou diálogo com as categorias envolvidas”, disse um empregado, pedindo reserva do nome.
A categoria, que já enfrenta dificuldades econômicas, teme os impactos sociais que a demissão em massa pode gerar.
O governo de Rafael Fonteles vendeu o setor de saneamento do Piauí para uma empresa privada por R$ 1 bilhão, valor a ser pago em até um ano.
Levantamento feito por técnicos da empresa mostra que o patrimônio da Agespisa hoje ultrapassa a casa de R$ 4 bilhões.
Em fevereiro deste ano, o governo promoveu um programa de desligamento voluntário em que saíram 532 dos 900 empregados da empresa. A maioria alegou assédio moral e uma reclamação foi encaminhada ao Ministério Público.
Até o momento, o governo não se pronunciou oficialmente sobre o caso, o que aumentou ainda mais a revolta entre os demitidos e seus familiares.
“É um silêncio que dói. Esperávamos mais de um governo que sempre falou em justiça social e valorização do emprego”, declarou uma ex-funcionária da Agespisa, visivelmente emocionada.
A expectativa agora é que algum tipo de medida compensatória ou reavaliação seja feita para minimizar os danos causados às famílias atingidas pela decisão.
Fonte: Portal AZ