Artistas PCD conquistam espaço e fortalecem cenário musical brasileiro
Com talento e representatividade, artistas com deficiência ganham visibilidade no Brasil
A música sempre foi uma linguagem universal, capaz de ultrapassar barreiras culturais e sociais, mas, até pouco tempo, uma grande parte da população ainda lutava para ser ouvida (literalmente) nesse espaço: Os artistas com deficiência.

Em um país com 18,6 milhões de pessoas com deficiência, segundo dados de 2023 do IBGE e do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, a presença de artistas PCDs na música está crescendo, e com ela, mais consciência sobre acessibilidade, talento e representatividade.
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A inclusão na música
“A gente precisa estar presente em palcos, universidades, tribunais e em todo lugar”, afirma o cantor Cauan Sommerfeld, um dos nomes que vem se destacando na cena musical. Ele lança sua nova faixa, “AlfaYBeta”, no próximo dia 23 de maio, trazendo à tona mais do que rimas e batidas, uma vivência real, potente e necessária.
Cauan, que começou a se interessar por música ainda criança, vendo o pai ensaiar em casa, lembra que foi em 2012, ao ouvir “Nova Ordem” de Projota, Rashid e Emicida, que percebeu: “Ali foi a primeira vez que senti que era isso que eu queria”.
Desde então, trilha seu caminho, encarando não apenas os desafios da carreira artística, mas também os da falta de inclusão.
“Tem muita gente que cobra inclusão, mas na hora de incluir, não faz esforço para isso”, reflete.
Outro destaque é a cantora Lara Lopes, que também tem baixa visão e prepara o lançamento da música “Té (Remix)” para o dia 27 de junho. Lara é uma das vozes que compõem esse novo cenário de diversidade na música, que ainda enfrenta desafios estruturais, mas que começa a se tornar mais plural.
Os artistas PCD têm espaço no mercado musical?
Para Cauan, a vivência com a deficiência transformou não só sua trajetória, mas também o seu processo criativo.
“Até pouco tempo atrás, eu falava pouco sobre isso. Não era por vergonha, mas porque não me sentia preparado. Recentemente, algumas situações me mostraram que eu preciso falar sobre isso”, conta.
O cantor aponta que a representatividade está crescendo, com mais beatmakers, MCs e cantores ocupando espaço, nomes como Valle MC, Wzy, Jatobá Beatz e Mc Leozinho ZS são alguns exemplos de talentos PCDs que vêm se destacando.
De acordo com Jeff Nuno, especialista em distribuição digital e CEO da LUJO NETWORK, o mercado está mais inclusivo, até mesmo por demanda do público.
"O mercado está, sim, mais inclusivo, e não modismo, mas em grande parte porque o público está pedindo isso, as pessoas querem se ver representadas, querem histórias reais e artistas autênticos no palco, isso é um forte chamativo", destaca.
Mas ainda há um longo caminho a ser percorrido, por exemplo, o acesso a eventos, palcos e espaços de visibilidade ainda precisa ser mais democrático e acessível, não apenas para os artistas, mas também para o público com deficiência que deseja consumir cultura.
A mensagem de Cauan para quem está começando? Simples, mas poderosa:
“Nunca desistam dos seus sonhos e objetivos, a gente precisa estar presente em todos os lugares”.
Sobre Jeff Nuno
Jeff Nuno é especialista e pioneiro em negócios no mercado digital no Brasil, graduado em música e MKT. O empresário mergulhou de cabeça no mercado do streaming e desde o final de 2018, ele passou a gerenciar seus próprios negócios de distribuição digital e expandiu sua área de atuação com escritórios na Espanha, Brasil e Estados Unidos. Atualmente, é uma referência no mercado, dividindo o sucesso com seus clientes que são: artistas, gravadoras e personalidades influentes no mundo digital. Atualmente, Jeff Nuno é dono da Lujo Network.
Fonte: MF Press Global