Consig na economia: Itaú aponta impacto de 0,6 p.p. no PIB em um ano

Novo consignado impulsiona crescimento econômico brasileiro, segundo Itaú.

O Itaú prevê que a introdução do novo consignado resultará em um acréscimo de 0,6 pontos percentuais ao Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro ao longo de um ano, impulsionando o crescimento econômico do país. Essa projeção foi destacada por Mário Mesquita, economista-chefe do banco.

O acesso ampliado ao crédito para trabalhadores do setor privado é visto como um catalisador para essa perspectiva otimista. Mesquita enfatizou que, em circunstâncias globais mais favoráveis, as previsões de crescimento econômico para o Brasil seriam ainda mais otimistas.

De acordo com as projeções do Itaú, espera-se um crescimento de 2,2% para este ano e de 1,5% para 2026, com uma tendência de viés positivo. Julia Gottlieb, economista do Itaú Unibanco, explicou que a redução das taxas de juros e a ampliação do crédito, especialmente proporcionada pelo novo modelo de consignado, resultará em uma folga adicional no orçamento das famílias, direcionando recursos adicionais para consumo ou acesso a mais crédito, gerando, assim, um impacto positivo na economia.

Expectativa de Crescimento e Desafios

O Itaú projeta que os dados do primeiro trimestre, a serem divulgados pelo IBGE na sexta-feira, mostrarão um desempenho robusto, com uma estimativa de crescimento de 1,7%. No entanto, os dados internos do banco indicam uma desaceleração no início do segundo semestre, sinalizando desafios à frente.

Para o banco, o ciclo de aumento da taxa básica de juros foi encerrado pelo Banco Central, mas a redução das taxas, atualmente em 14,75%, é esperada apenas no próximo ano, possivelmente no segundo semestre, de acordo com Mesquita. As projeções do banco indicam que a inflação permanecerá dentro do teto da meta em 2026, estimada em 4,4%, porém ainda distante do centro da meta, que é de 3%.

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