Cigarros ilegais dominam mercado no Piauí, reresentando 70% do consumo

Estudo revela que mercado paralelo movimenta R$ 135 milhões e coloca saúde em risco

Por Dominic Ferreira,

Uma pesquisa realizada pelo Ipec, a pedido do Fórum Nacional Contra a Pirataria, revelou dados alarmantes sobre o consumo de cigarros no Piauí: de cada dez cigarros consumidos no estado, sete são ilegais. Este mercado paralelo, que movimentou impressionantes R$ 135 milhões em 2024, opera fora do controle da lei, impactando diretamente a arrecadação fiscal do governo que deixou de receber R$ 47 milhões em impostos (ICMS) devido ao contrabando.

Foto: Reprodução | DivulgaçãoCapa

A diferença de preços entre os cigarros legais e os ilegais é um dos principais fatores que leva os consumidores a escolherem os produtos clandestinos. Os cigarros legais têm impostos que ultrapassam 70%, enquanto os ilegais não pagam nada, fazendo com que o preço caia drasticamente. Essa situação resulta em consumidores, muitas vezes desinformados, optando por produtos que não apenas são mais baratos, mas também potencialmente mais nocivos à saúde.

Os cigarros ilegais não seguem as normas da Anvisa e contêm quantidades elevadas de nicotina, alcatrão e até mesmo agrotóxicos proibidos. Essa combinação torna esses produtos uma verdadeira “bomba de veneno”, colocando em risco a saúde dos usuários e da população em geral. A pesquisa indica que mais de 540 milhões de cigarros ilegais circularam pelo Piauí, refletindo a gravidade da situação.

O problema vai além do pequeno contrabando, já que há fábricas clandestinas que copiam marcas do Paraguai e rotas internacionais que incluem países como Bolívia, Chile e até o Canal do Panamá, com entrada no Brasil pelo Suriname. O Piauí se tornou uma rota significativa para o tráfico de cigarros piratas, e o prejuízo não é apenas financeiro para o governo, mas também para a saúde pública, exigindo uma resposta urgente das autoridades para combater essa prática ilegal.

Fonte: Com informações Ipec

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