Espiritismo propõe reflexão sobre o amor como evolução do ser

Neste mês em que se celebra o amor, o Espiritismo convida a uma reflexão mais profunda sobre os vínculos afetivos, desafiando a ideia popular de “almas gêmeas”. A doutrina, codificada por Allan Kardec, não considera essas almas como metades predestinadas a se encontrar em todas as encarnações, mas sim como espíritos inteiros que se reencontram por afinidade e objetivos comuns de evolução espiritual. Essa visão amplia a compreensão do amor, transpassando o romantismo para incluir laços familiares e amizades.

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Foto: Reprodução/Divulgação

De acordo com Luciana Pessoa, voluntária da Sociedade de Estudos Espíritas de Teresina (SEETE) e da Federação Espírita Piauiense (FEPI), o que muitas vezes chamamos de “alma gêmea” são, na verdade, espíritos que possuem uma afinidade tão intensa que possibilita reencontros ao longo de suas jornadas reencarnatórias. Ela ressalta que esses reencontros não são garantidos e podem não envolver relações amorosas, abrangendo também laços entre mãe e filho, irmãos e amigos, que compartilham um entendimento e amor sinceros.

O Espiritismo, através de obras como O Evangelho Segundo o Espiritismo, ensina que os vínculos estabelecidos nesta vida são oportunidades valiosas para aprendizado mútuo. As experiências de convivência, repletas de alegrias e desafios, servem como um meio para o crescimento moral e emocional do ser. Luciana destaca que "a companhia de alguém que nos ama pode ser o suporte para atravessarmos provações difíceis", enfatizando que o objetivo maior é sempre o progresso do espírito e o fortalecimento do amor em sua forma mais elevada.

Assim, a doutrina espírita enfatiza que o amor não é um sentimento instantâneo, mas uma construção que se desenvolve ao longo do tempo, fruto de experiências e vínculos anteriores. O amor verdadeiro é cultivado e deve se estender até mesmo àqueles que nos desafiam. Em celebração ao Dia dos Namorados, o Espiritismo convida todos a reconhecer e valorizar o amor em suas diversas formas, pois amar é visto como o maior exercício da alma em busca da perfeição, seguindo o exemplo de Jesus Cristo. A Federação Espírita Piauiense (FEPI), fundada em 1950, continua a disseminar essa mensagem de amor e fraternidade em sua missão de compartilhar a Doutrina Espírita.

Fonte: Ícone Comunicação